Os motoristas e cobradores de Curitiba e região metropolitana, em greve desde a última quarta-feira, aceitaram neste sábado, em assembleia na Praça Rui Barbosa, a proposta apresentada pela magistrada do Tribunal Regional do Trabalho da 9.ª Região (TRT-9.ª), Ana Carolina Zaina, na sexta-feira e aprovada pelo sindicato patronal e a administração municipal. A proposta prevê reajuste salarial de 9,28% (5,26% INPC + 3,82%), abono salarial de R$ 300 e aumento de 10,5% no cartão alimentação, que hoje está em R$ 300 inicialmente, a categoria pediu 16% de reajuste para motorista e 22% para cobradores. "Se a tarifa de ônibus aumentar, esse acordo vai por água abaixo", alertou Anderson Teixeira, presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e região metropolitana (Sindimoc), que afirmou também não ter ficado satisfeito com o aumento de R$ 30 no cartão alimentação.
Ele disse que vai manter negociações com o sindicato patronal para, até junho, mês de início da Copa do Mundo, elevar o índice de reajuste o almejado é que o próximo aumento seja de R$ 67. Caso isso não ocorra, os trabalhadores ameaçam fazer uma nova greve, durante a realização da Copa.
A categoria voltou ao trabalho normal logo depois da assembleia. Os dias parados não serão descontados dos trabalhadores, segundo o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Curitiba e Região (Setransp).
A programação definida pela Urbs para este feriado de carnaval prevê que os ônibus vão operar com horário de sábado na segunda-feira e horário de domingo na terça-feira.
Paralisação
Ontem, a greve chegou ao seu quarto dia caracterizando a paralisação mais severa dos transporte coletivo de Curitiba e Região nos últimos anos. No primeiro, quarta-feira, 100% da frota parou, contrariando a decisão de véspera da Justiça do Trabalho que pediu a manutenção de uma frota mínima na cidade. Na ocasião, o Sindimoc alegou que não tinha sido notificado oficialmente da decisão por isso não a cumpriria de imediato.
Nos demais dias, a categoria foi obrigada a manter 50% do efetivo nos horários de pico e 30% nos demais períodos. Na manhã de sábado, antes de a greve terminar, 68% da frota estava operando.



