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Alternativas

"Caronaço" da prefeitura e carros particulares foram paliativos

Como forma de amenizar a greve e evitar o caos de paralisações anteriores, a Urbs iniciou ainda na quarta-feira um cadastro de carros particulares para atender os passageiros. Até sexta, 514 veículos se cadastraram para prestar o serviço. Eles puderam cobrar até R$ 6 por pessoa e tiveram de adotar como trajeto uma linha de ônibus já existente. As linha scom mais carros cadastrados foram Santa Felicidade-Centro (11), Pinheirinho-Rui Barbosa (7) e Capão Raso-Rui Barbosa (7).

Ainda na quinta-feira, sob a ameaça da prolongação da greve, o prefeito Gustavo Fruet anunciou no Twitter que colocaria carros da frota oficial para ajudar no transporte no dia seguinte. Na sexta-feira, o "caronaço" da Prefeitura de Curitiba teve 304 carros transportando passageiros entre terminais da cidade. O serviço foi oferecido como "de graça", mas como funcionou entre terminais, quem o utilizou acabou pagando a passagem normal, de R$ 2,70.

Os motoristas e cobradores de Curitiba e região metropolitana, em greve desde a última quarta-feira, aceitaram neste sábado, em assembleia na Praça Rui Barbosa, a proposta apresentada pela magistrada do Tribunal Regional do Trabalho da 9.ª Região (TRT-9.ª), Ana Carolina Zaina, na sexta-feira e aprovada pelo sindicato patronal e a administração municipal. A proposta prevê reajuste salarial de 9,28% (5,26% INPC + 3,82%), abono salarial de R$ 300 e aumento de 10,5% no cartão alimentação, que hoje está em R$ 300 – inicialmente, a categoria pediu 16% de reajuste para motorista e 22% para cobradores. "Se a tarifa de ônibus aumentar, esse acordo vai por água abaixo", alertou Anderson Teixeira, presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e região metropolitana (Sindimoc), que afirmou também não ter ficado satisfeito com o aumento de R$ 30 no cartão alimentação.

Ele disse que vai manter negociações com o sindicato patronal para, até junho, mês de início da Copa do Mundo, elevar o índice de reajuste – o almejado é que o próximo aumento seja de R$ 67. Caso isso não ocorra, os trabalhadores ameaçam fazer uma nova greve, durante a realização da Copa.

A categoria voltou ao trabalho normal logo depois da assembleia. Os dias parados não serão descontados dos trabalhadores, segundo o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Curitiba e Região (Setransp).

A programação definida pela Urbs para este feriado de carnaval prevê que os ônibus vão operar com horário de sábado na segunda-feira e horário de domingo na terça-feira.

Paralisação

Ontem, a greve chegou ao seu quarto dia – caracterizando a paralisação mais severa dos transporte coletivo de Curitiba e Região nos últimos anos. No primeiro, quarta-feira, 100% da frota parou, contrariando a decisão de véspera da Justiça do Trabalho que pediu a manutenção de uma frota mínima na cidade. Na ocasião, o Sindimoc alegou que não tinha sido notificado oficialmente da decisão por isso não a cumpriria de imediato.

Nos demais dias, a categoria foi obrigada a manter 50% do efetivo nos horários de pico e 30% nos demais períodos. Na manhã de sábado, antes de a greve terminar, 68% da frota estava operando.

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