O presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo, Ideraldo Luiz Beltrame, afirmou durante entrevista coletiva realizada neste domingo (26) que a maior demanda do movimento atualmente é, além da criminalização da homofobia, a garantia dos direitos das travestis e transexuais. Segundo Beltrame, parte dos homossexuais já é reconhecida pela sociedade, mas as transexuais ainda enfrentam sérios problemas.
A coletiva contou com a participação de representantes do movimento e autoridades oficiais. O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, disse que a realização da Parada Gay é o exemplo mais emblemático de que na capital paulista prevalece o respeito à diversidade e à cidadania.
Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, também esteve presente e elogiou o tema escolhido para a 15ª edição do evento, "Amai-vos uns aos outros: basta de homofobia!". A frase, que faz apologia a um mandamento bíblico, havia sido criticada na ocasião de seu lançamento.
A senadora Marta Suplicy criticou a atuação dos congressistas em relação ao pouco apoio dado às causas GLBT nos últimos anos e defendeu a aprovação do PL 122, que criminaliza a homofobia.
A cantora Preta Gil, eleita diva da 15ª Parada Gay, chegou à coletiva "toda trabalhada no brilho", reforçando seu apoio à causa. Ela se disse honrada com o posto de diva e afirmou: "Espero poder participar da parada todos os anos, independente de ser diva ou não, apesar que eu acho que serei diva para sempre".
O presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, reafirmou o caráter político do evento: "É uma festa da cidadania, não é só um carnaval fora de época". Sobre a união de casais homossexuais, ele ressaltou: "Nós não queremos destruir a família de ninguém, queremos construir a nossa".
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