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Milícia Sleeping Giants Brasil atua promovendo campanha de constrangimento contra anunciantes para atingir veículos de comunicação
Milícia Sleeping Giants Brasil atua promovendo campanha de constrangimento contra anunciantes para atingir veículos de comunicação| Foto: Infografia/Gazeta do Povo

O Movimento Pró-Paraná, que atua em defesa dos interesses do estado do Paraná junto ao poder público, declarou nesta sexta-feira (13) seu apoio à Gazeta do Povo diante das intimidações feitas pela milícia digital Sleeping Giants.

Os membros do órgão manifestaram, por meio de uma nota, “veemente repúdio” à atuação do Sleeping Giants, que classificaram como “verdadeira censura que se deseja ver imposta pela via econômica”. Para o Pró-Paraná, os ataques representam um “enorme risco para a defesa da liberdade de expressão e da liberdade de imprensa”.

O direito à informação, diz a nota, será “profundamente prejudicado caso seja tolerada a organizada e anônima agressão, praticada contra um jornal que tem honrado, por mais de 100 anos, a cultura do bom jornalismo”. “As pessoas podem concordar ou não com as matérias publicadas, mas é da essência da democracia defender a liberdade de expressar o pensamento, como a de garantir a liberdade de imprensa”, complementam os signatários.

Presidido atualmente por Marcos Domakoski, o Movimento Pró-Paraná nasceu durante a mobilização de paranaenses, liderados pelo empresário e jornalista Francisco Cunha Pereira, pelos royalties de Itaipu, há mais de duas décadas. De lá para cá, o grupo participou de todas as grandes reivindicações do estado junto ao governo Federal, como a instalação do Tribunal Regional Federal (TRF) em Curitiba, a construção da segunda ponte entre o Brasil e o Paraguai, a definição da Poligonal no Porto de Paranaguá e as prioridades na infraestrutura nos transportes aéreo, rodoviário e ferroviário.

Confira a nota na íntegra:

NOTA DE APOIO À GAZETA DO POVO E PELA LIBERDADE DE EXPRESSÃO

Os membros do Movimento Pró-Paraná, reunidos em sessão do Conselho Superior nesta data, tomando conhecimento de um ataque organizado nas redes sociais contra o jornal Gazeta do Povo, com o objetivo de inibir anunciantes a veicular publicidade naquele jornal, face matéria comentada por um colunista, que posteriormente melhor explicou seu ponto de vista a respeito de delicado tema abordado, manifestam seu mais veemente repúdio à restrição que tentam impor àquele jornal centenário. Através dessa articulação inaceitável, pretende-se que a Gazeta do Povo seja pressionada pelos anunciantes a excluir o jornalista do seu quadro de colaboradores.

Não se trata de entrar na análise da matéria, mas suas repercussões seríissimas, pois admitir essa verdadeira censura que se deseja ver imposta pela via econômica, implica em enorme risco para a defesa da liberdade de expressão e da liberdade de imprensa.

A liberdade de expressão pressupõe o direito de informar, o direito de informar-se e o direito de ser informado, para que cada um possa formar a sua opinião. Isto será profundamente prejudicado caso seja tolerada a organizada e anônima agressão, praticada contra um jornal que tem honrado, por mais de 100 anos, a cultura do bom jornalismo.

As pessoas podem concordar ou não com as matérias publicadas, mas é da essência da democracia defender a liberdade de expressar o pensamento, como a de garantir a liberdade de imprensa. Vivemos numa democracia e não num estado totalitário.

Perfilam os conselheiros, diretores e associados do Movimento Pró-Paraná, nesse aspecto, a oportuna colocação do presidente da Associação Nacional de Jornais, Marcelo Rech, para quem “a liberdade de expressão não se constrói com base em intimidações”, mas com o exercício do pluralismo de opiniões, para que a sociedade, amplamente informada sobre os fatos e circunstâncias da realidade, possa tomar suas decisões de modo autônomo, como inerente à Democracia.

Cumpre pois, deixar registrada a solidariedade do Movimento Pró-Paraná ao Jornal Gazeta do Povo, no sentido de repudiar essa campanha que visa impor restrições, por qualquer via que seja, ao seu direito de informar ao seu público leitor e exercer plenamente a liberdade de expressão e de comunicação.

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