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O Ministério Público de São Paulo apresentou denúncia contra dois delegados, seis investigadores e três informantes, os chamados "gansos", por formação de quadrilha e por extorquir dinheiro de um traficante colombiano ligado ao megatraficante Juan Carlos Abadia. A denúncia foi oferecida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no dia 30 de outubro. Os policiais são acusados de planejar e executar o sequestro do traficante. Ele foi sequestrado em um kartódromo na cidade de Aldeia da Serra, na região metropolitana, em abril de 2006, e levado à sede de uma empresa onde ele já tinha visto várias vezes em companhia do proprietário.

De acordo com a denúncia, sob ameaça dos policiais o traficante colombiano chamou por rádio um outro comparsa e pediu que este buscasse com Abadia dinheiro para sua libertação. Inicialmente, o valor pedido foi de um milhão de dólares. Durante as negociações, o traficante foi levado à sede do Departamento de Investigações Sobre Narcóticos (Denarc), onde teria violentamente torturado.

O pedido final de resgate acabou fixado em 280 mil dólares.

Esta foi a quarta denúncia feita pelo Gaeco relativa ao caso "Abadia". Todas foram embasadas em inquéritos policiais da Corregedoria da Polícia Civil e um procedimento investigatório criminal do Gaeco. No total, foram denunciados 19 pessoas (alguns deles em dois ou três casos), sendo 15 policiais civis por formação de quadrilha armada, extorsão, roubo e extorsão mediante sequestro.

As três primeiras denúncias foram recebidas pela 12ª Vara Criminal da Capital. Nas duas primeiras, a Justiça decretou a prisão preventiva dos denunciados (três permanecem presos; dois foram soltos pela Justiça). Na terceira, o pedido foi indeferido e esta última aguarda decisão da Justiça.

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