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Há um mês, 213 pessoas se feriram durante embate entre policiais e professores. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Há um mês, 213 pessoas se feriram durante embate entre policiais e professores.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Comandante-geral da PM pede estudo de caso sobre dia 29 de abril

O comandante-geral da PM, coronel Maurício Tortato, afirmou na tarde desta quinta-feira (28) que determinou um estudo de caso sobre a atuação da corporação em episódios como o dia 29 de abril. “A nossa experiência diz que toda vez que, em qualquer parte do mundo, que você atua em movimento multitudinário tem atuação de choque porque o confronto passa a ser iminente em função do conflito de interesses”, explicou.

Segundo ele, o dia 29 de abril gerou muito desgaste na instituição, mas ele pretende usar a data para resgatar alguns valores da corporação. “A PM é muito maior que o dia 29 de abril, que teve um resultado não querido por nenhuma das partes”, disse. Ele ressaltou ainda que o fato merece uma reflexão profunda e deve servir de instrumento de crescimento da polícia.

Sobre a apuração, o comandante afirmou que está sendo apurada com todo rigor possível e que um promotor do Ministério Público acompanha o inquérito policial militar (IPM). Ele disse que o IPM já ouviu centenas de pessoas, entre policiais e professores.

Tortato se comprometeu em dar publicidade ao IPM, assim que for concluído. O inquérito, segundo ele, tem o prazo final em dez dias, a partir de amanhã, que pode ser prorrogado por mais 20.

Um balanço divulgado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) nesta quinta-feira (28) mostra que o órgão já colheu 294 depoimentos na investigação que apura excessos da Polícia Militar do Paraná (PM) contra os professores no dia 29 de abril. O órgão deve levar mais 30 dias para concluir o trabaho. O movimento ficou conhecido como “Batalha do Centro Cívico”. Naquele dia, 213 pessoas ficaram feridas, entre professores e estudantes. O governo do estado também afirmou que policiais se feriram, mas não divulgou seus nomes.

Segundo o MP, além de vítimas e testemunhas, foram ouvidos o ex-comandante-geral e subcomandante, coronel César Kogut, e coronel Nerino Mariano Brito, respectivamente, entre outros oficiais como coordenador da operação militar “Centro Cívico”, coronel Arildo Dias. O ex-secretário da Segurança Pública, deputado federal Fernando Francischini (SD), também foi notificado para poder esclarecer questões sobre aquele dia. Mas ainda não respondeu a solicitação.

A investigação também já conseguiu concluir 132 laudos, de 204 requisitados. Dez deles precisaram de exames complementares. O planejamento completo da ação foi entregue pela PM, mas nenhum detalhe foi divulgado. Foram recebidos também 285 e-mails com informações sobre o evento do dia 29 de abril. O MP informou ainda que o governo estadual e a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária não apresentaram as informações requisitadas.

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