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O Ministério Público (MP) do Paraná pediu à Justiça ontem o fechamento do Auto Posto Arrancadão, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. A alegação é que foram encontrados lacres violados e combustíveis adulterados no posto. Vistoria feita pelo Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) do Paraná constatou que havia violação nos lacres de dez bombas do posto, o que, no entender do MP, é um forte indício da prática da fraude. Segundo a promotora Cristina Ruaro, a violação dos lacres já configura infração administrativa passível das providências requeridas na ação.

A outra irregularidade constatada com base em inquérito policial instaurado na Delegacia do Consumidor (Delcon), a partir de representação formulada pelo Sindicombustíveis, é que o posto vendia combustível com metanol, substância proibida no Brasil.

O Arrancadão é um das revendas atendidas pela Power Bombas, empresa investigada por participar de um suposto esquema de fraude na venda de combustíveis, revelado pelo programa Fantás­tico, da Rede Globo. Na ação pro­posta, o MP pede "concessão de tu­­te­­la antecipada para a imediata interrupção das atividades do posto, com a interdição do estabelecimento comercial e aplicação de multa, em caso de descumprimento de ordem judicial, no valor de R$ 20 mil por dia".

A Promotoria ainda pede que, após o julgamento final da ação, seja determinada a dissolução da sociedade comercial, com seu fechamento definitivo e que os proprietários, Ângelo de Albu­querque Gobbo e Clecy Maria do Rosário Gobbo, sejam impedidos de exercer o mesmo ramo de atividade, pelo prazo de cinco anos, além de terem de reparar os danos individuais patrimoniais e morais sofridos pelos consumidores que abasteceram seus veículos no estabelecimento comercial.

Outra solicitação do MP é que os réus "sejam condenados a indenizar os danos morais coletivos devido à má qualidade e à quantidade inferior vendida aos consumidores, em montante não inferior a R$ 500 mil, a ser oportunamente arbitrado pelo Judiciário".

Gobbo foi o primeiro proprietário a ser ouvido pela polícia e negou participação no esquema de fraude de combustível. Na oportunidade, ele confirmou que pagava a Cléber Salazar cerca de R$ 400 por mês pela manutenção nas bombas, mas negou irregularidades. Gobbo também é dono do Posto Jockey, localizado no Tarumã, em Curitiba.

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