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Aterro da Caximba está para ser desativado | Jonathan Campos/Arquivo da Gazeta do Povo
Aterro da Caximba está para ser desativado| Foto: Jonathan Campos/Arquivo da Gazeta do Povo

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) vai solicitar ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP) uma vistoria no aterro da Caximba, local onde é depositado o lixo recolhido em 14 municípios da região metropolitana de Curitiba. Por meio do Centro de Apoio Operacional às Promotorias do Meio Ambiente (CAOPMA), o MP-PR vai encaminhar um ofício ao IAP na próxima semana. A solicitação atende um pedido dos moradores da região que apresentaram várias queixas sobre a operação da Caximba ao procurador de Justiça Saint-Clair Honorato Santos, coordenador do CAOPMA.

Durante o encontro com uma comissão de moradores e o procurador, o morador Jadir Silva de Lima, que integra a comissão, disse que, embora existam normas que estabeleçam distância mínima entre o limite da área útil do aterro e núcleos populacionais, na Caximba até a creche faz divisa com o terreno. Os moradores também declararam que temem a contaminação pelo lixo, pois muitos moradores vêm apresentando problemas de saúde como doenças renais, respiratórias e abortos espontâneos. Outra dúvida é se um vazamento que vem ocorrendo atrás da creche é ou não chorume.

Os moradores contaram, ainda, que funcionários que trabalham dentro do pátio do aterro não usam equipamentos de proteção para o aparelho respiratório. Lima também afirmou que o aterro ainda recebe lixo hospitalar e industrial, mesmo depois de um termo ajuste de conduta, firmado no final de 2003, entre o IAP, o MP-PR e a Prefeitura da capital, prevendo que apenas o lixo doméstico seja depositado na Caximba.

O MP-PR vai solicitar que o IAP faça uma vistoria no local e aplique multas à Prefeitura de Curitiba, responsável pelo aterro, caso sejam constatadas irregularidades que possam estar pondo em risco a saúde da população.

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