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 | Rogério Alves/TV Senado/Fotos Públicas
| Foto: Rogério Alves/TV Senado/Fotos Públicas

Duas suspeitas são apontadas pelo Ministério Público Federal como as principais possibilidades para o desastre de Mariana (MG): o excesso de lama de rejeitos despejada na barragem da Samarco ou falhas nas obras que a mineradora fazia para ampliar a estrutura que se rompeu.

O órgão é responsável por um dos inquéritos civis que investigam os motivos da tragédia do dia 5 de novembro, que deixou ao menos 15 mortos. Quatro pessoas ainda estão desaparecidas.

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Segundo o procurador José Adércio Leite Sampaio, que coordena a força-tarefa de apuração do caso, a rapidez com que foram depositados 55 milhões de m3 de lama na barragem pode ter sido definitiva para o rompimento.

Outra possibilidade seria algum problema em obras de ampliação e alteamento da estrutura, que estavam sendo feitas quando o rombo aconteceu.

A investigação ainda não chegou a conclusões. Segundo o procurador, o local passa por uma “perícia muito detalhada” antes que sejam apontadas causas definitivas da tragédia. “Esses tópicos que investigamos são basicamente os mesmos do início da apuração”, afirma.

Além da Procuradoria, o Ministério Público de Minas Gerais e a Polícia Civil investigam o rompimento, que deixou um rastro de destruição que vai até o litoral do Espírito Santo, a 700 km de distância.

O Ministério Público Federal também investiga o depósito de rejeitos da Vale na barragem. Como revelado pela Folha de S.Paulo, a empresa, que é dona da Samarco junto à anglo-australiana BHP Billiton, também fazia despejos no local que se abriu.

A lama encaminhada pela Vale vinha de uma mina conhecida como Alegria, que integra um complexo operacional da empresa na região.

A Vale tem reiterado que usou 5% do volume total da barragem, mas o procurador afirma que documento do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) aponta que o volume de rejeitos depositados é de 28%.

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