Quem está acostumado a passar pelo terminal do Portão, em Curitiba, estranha a falta de movimentação em frente à reforma do Museu Metropolitano de Arte (MuMa). O temor da população é de mais uma paralisação no museu, que está fechado desde 2005.
Mas, do lado de trás dos tapumes, a movimentação nas obras é evidente. De acordo com o arquiteto da Fundação Cultural de Curitiba (FCC) Milton Naigeboren, responsável por acompanhar a reforma, os trabalhos estão dentro do cronograma. "A primeira fase será entregue no fim do ano. Já foi lançado o segundo edital de licitação da segunda fase, que deve iniciar em janeiro de 2010", diz.
Se mantido o ritmo das obras, o MuMa só deve ser entregue à população em 2011. A reforma foi divida em três fases, segundo explica Naigeboren. Na primeira, está sendo feito o trabalho mais bruto, como revisão do sistema elétrico e hidráulico, troca do piso das salas de exposições, revisão da estrutura do telhado de toda a edificação e recuperação da estrutura da edificação. "Como estamos no acabamento desta fase, do lado de fora não dá para perceber que estamos trabalhando", afirma. A segunda fase das obras está em licitação e deve começar em janeiro de 2010. "Não haverá intervalo, a ideia é que a segunda fase já comece assim que a primeira seja entregue", diz o arquiteto.
De acordo com Naigeboren, o museu está sendo todo reestruturado. Por fora irá continuar com a mesma aparência, mas por dentro terá melhoria no fluxo e acessibilidade. "Vai ficar mais moderno e equipado, além de mais seguro", afirma. Depois de pronto, o MuMa terá apenas uma entrada. Antes, a parte de baixo do museu tinha vários acessos.
Três anos de espera
O projeto de revitalização do complexo do Centro Cultural do Portão foi desenvolvido em 2005 pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), em conjunto com a Fundação Cultural de Curitiba. A prefeitura só conseguiu levantar o dinheiro para as obras em 2008, quando iniciou a reforma.
Com área total de 4,8 mil metros quadrados, foi construído na década de 70 para ser o Centro Comercial do Terminal de Transporte Coletivo do Portão. Em 1987, foi recuperado e adaptado pelo arquiteto Leonardo Afonso Brusamolin Júnior, que manteve as características do projeto original e o transformou no Centro Cultural Portão, inaugurado em maio de 1988. O conjunto é composto por uma biblioteca, uma sala de cinema, um auditório, oficinas e ateliês.
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Interatividade
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