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Está para ser lançado um novo contra-ataque ao movimento "Cansei", desta vez na seara empresarial. O Palácio do Planalto articula a confecção de um manifesto de representantes do setor produtivo a favor do governo, para se contrapor à iniciativa de empresários como João Dória Jr. em parceria com a OAB-SP. O encarregado de colocar em pé o manifesto é o ministro da coordenação política, Walfrido dos Mares Guia, que recrutará apoios por meio do chamado "Conselhão". O documento deve ser apresentado na próxima reunião do grupo, ainda neste mês. Assessores como o marqueteiro João Santana levaram a Lula a avaliação de que o "Cansei", até pelo nome, tende a ser percebido como um agrupamento de "dondocas", e que por isso "pega bem" tê-lo como opositor.

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Alô – José Serra ligou para Lula na sexta. Na esteira da paralisação dos metroviários, encerrada depois que a Justiça considerou-a abusiva, o governador queria saber como anda o projeto para regulamentar greves do funcionalismo federal. Ficaram de conversar de novo após a visita do presidente à América Central.

Vestibular – Proposta do DEM para pôr fim à esculhambação nas sabatinas de diretores da Anac e demais agências: sessão de no mínimo duas horas, três argüidores especialistas e a obrigação de os indicados responderem a todas as perguntas. O mandato continuaria de cinco anos, mas com necessidade de nova sabatina depois de três.

Mix – De um observador da cena aérea nacional, sobre a empresa líder do setor: "A TAM pratica capitalismo selvagem com tapete vermelho".

Na sombra – Boletim de análise de mídia feito pela Secretaria de Comunicação do Senado diz que em julho, com a tragédia em Congonhas, a Casa perdeu para o Executivo o posto de "instituição principal da notícia", que ocupara em junho graças à dupla Renan e Roriz. Em números: 37,1% do espaço para o governo; 34,6% para o Senado.

No sol – No que depender do governo, já refeito do primeiro impacto do acidente da TAM, o refresco do presidente do Senado está prestes a acabar. "O foco se volta agora para o Renan", vaticina, aliviado, um ministro de Lula.

Memória – A Assembléia Legislativa de São Paulo realiza amanhã, às 20h, sessão solene em homenagem a Octavio Frias de Oliveira "‘pela obra realizada em prol do jornalismo brasileiro". Publisher da Folha, ele morreu em 29 de abril passado aos 94 anos.

Reinações 1 – Um projeto de lei do barulho está no forno da CCJ da Câmara. Ele retira da Justiça Eleitoral a administração das urnas eletrônicas, transferindo-a para uma "Comissão de Automação Eleitoral do Congresso".

Reinações 2 – A idéia de deixar o processo de votação aos cuidados dos próprios políticos surgiu em subcomissão da CCJ integrada, entre outros, por Paulo Maluf (PP-SP) e Geraldo Magela (PT-DF).

Pastel de vento – A nova tentativa de votação da reforma política, com que a Câmara reabre os trabalhos, deve ser o enésimo tiro n’água, apostam líderes e vice-líderes do governo. "Já viu votar alguma coisa sem combinar antes? Não teve nem reunião para discutir isso", diz um deles.

Piso – O novo corregedor da Justiça Federal em SP, André Nabarrete, determinou que os magistrados produzam no mínimo 30 sentenças por mês em ações cíveis. A Ajufe, que reúne a categoria, recorreu ao Conselho da Justiça Federal. Alega que a medida invade a independência dos juízes.

Teto – Nabarrete assumiu o cargo por ordem do STF, que afastou o antecessor, Peixoto Júnior, eleito indevidamente. Como pertence a grupo minoritário na disputa de poder no tribunal, sua decisão corre o risco de ser derrubada pelo Conselho da Justiça Federal.

TIROTEIO

Da senadora Kátia Abreu (DEM-TO) sobre o nebuloso assalto no qual foram levados documentos do frigorífico Mafrial, citado pelo presidente da Casa como intermediário da venda de gado de suas fazendas.

– É mesada voadora, boi voador e, agora, documento voador. Com tanta experiência no assunto, Renan bem poderia ajudar o governo a resolver a crise aérea.

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