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Dez meses depois de ser condenado pela Justiça por liderar uma gangue de neonazistas acusada de praticar um atentado a bomba durante a Parada Gay de 2009 em São Paulo, Guilherme Witiuk Ferreira de Carvalho, o Chuck, de 21 anos, voltou a ser preso por um crime de intolerância. Ele e mais quatro rapazes são acusados de agredir fisicamente quatro pessoas, no domingo de madrugada, novamente na região da Avenida Paulista.

Durante depoimento no 5.º Distrito Policial (Aclimação), as vítimas contaram que, enquanto recebiam socos e pontapés, seus agressores gritavam a seguinte frase: "Negros, nordestinos, filhos da p., somos skinheads e vamos matar vocês, seus zumbis". De acordo com a Polícia Civil, com os acusados foram apreendidos três machados, quatro punhais, um facão, uma caneta de ferro com duas pontas e um cinto com soco inglês como fivela.

Um dos agressores vestia uma camiseta preta com uma cruz celta cercada pela inscrição "white pride world wide"(orgulho branco ao redor do mundo, em uma tradução livre para o português), que foi adotada como slogan por grupos skinheads neonazistas de todo o mundo. Outro acusado trajava uma jaqueta verde que trazia bordada nas costas a palavra skinheads e a sigla I.H. - iniciais de Impacto Hooligan, gangue neonazista liderada por Ferreira de Carvalho.

O operador S.A.O., de 34 anos, a estudante A.C.S., de 21, o orientador socioeducativo C.E.L.C., de 31, e o estudante J.C.M.A., de 20, foram atacados pelo grupo na altura do número 1.420 da Rua Vergueiro, ao lado da Estação Paraíso do Metrô, à 1h20 de ontem. Com exceção da estudante de 20 anos, todas as outras vítimas têm pele parda. Uma das vítimas, o operador, conseguiu fugir dos agressores e pediu socorro para policiais civis da 1.ª Delegacia Seccional (Centro), que passavam de viatura pelo local. Os cinco acusados foram presos e levados para o 5.º DP. Segundo a polícia, outros quatro suspeitos correram ao notar a aproximação da viatura.

De acordo com a polícia, os acusados foram indiciados por tentativa de homicídio, injúria racial e formação de quadrilha. O grupo foi transferido para o 2.º DP (Bom Retiro), de onde seguiria para algum Centro de Detenção Provisória. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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