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Lideranças de 70 municípios paranaenses se reúnem hoje, em Umuarama, para discutir estratégias para o desenvolvimento do estado na próxima década, durante a sexta etapa do Fórum Futuro 10 Paraná. Cerca de 550 representantes do governo e da sociedade vão identificar os pontos fortes da região e debater formas de transformá-los em projetos. O turismo aliado ao meio ambiente – dois dos 11 temas que serão debatidos no fórum – é uma das apostas do Noroeste para desenvolver novas fontes de renda e emprego.

O crescimento turístico da região é focado no Parque Nacional da Ilha Grande. Criado em setembro de 1997, o parque ainda não está aberto para a visitação pública. Houve um atraso na elaboração do plano de manejo, que deveria ter sido concluído em 2002. Esse plano vai definir a maneira como a unidade de conservação poderá ser explorada, determinando quais atividades serão permitidas e as áreas que poderão ser utilizadas.

Segundo o diretor do parque, Alessandro Gimenes Arboleya, o plano de manejo está na fase final de estudo e a previsão é de que ele esteja concluído no início do próximo ano. "O turismo está garantido dentro do parque", afirma Arboleya.

Associação

Os municípios paranaenses do entorno do Parque da Ilha Grande criaram uma associação, o Consórcio Intermunicipal para a Conservação do Remanescente do Rio Paraná e Áreas de Influência (Coripa). Oito cidades fazem parte do grupo: Alto Paraíso, Altônia, Guairá, Icaraíma, São Jorge do Patrocínio, Terra Roxa, Esperança Nova e Xambré, essas duas últimas se juntaram ao consórcio há poucos meses.

O Coripa encaminhou para o Ministério do Meio Ambiente, responsável pela área de conservação, um documento com as reivindicações dos municípios. Entre elas estão a não-inclusão das águas do Rio Paraná no plano de manejo, a utilização dos canais leste e oeste do rio para a navegação, a manutenção da pesca amadora e profissional artesanal, a exploração da apicultura e a manutenção de algumas construções nas áreas das ilhas para utilização como base de pesquisa e fiscalização. Um ponto polêmico do documento – e que deve gerar discussões durante o fórum – é a reivindicação para a permanência e instalação de mineradoras para a exploração de areia e pedriscos na lavra principal do canal principal do Rio Paraná.

Arboleya informa que o plano de manejo está sendo discutido com os prefeitos da região e que todos os pontos apresentados pelo Coripa estão sendo analisados. Segundo ele, os municípios do entorno do parque já estão sendo beneficiados, antes mesmo do início da exploração turística. As prefeituras recebem cerca de R$ 6 milhões do ICMS ecológico – porcentual do imposto repassado aos municípios que conservam áreas de proteção ambiental.

A direção do parque ainda precisa resolver algumas pendências, pois existem áreas que ainda precisam ser desocupadas e o governo tem de pagar indenizações para as famílias. O governo federal também enfrenta outro problema para o início da exploração do parque. Existem duas ações públicas contra a criação do complexo turístico, mas Arboleya diz que a procuradoria do Ibama já entrou com recursos contra essas ações.

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