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Os trabalhadores do Hospital de Clínicas (HC) contratados pela Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar) decidiram entrar em greve na quarta-feira. A nova paralisação foi votada em assembleia realizada na manhã de ontem. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba (Sinditest-PR), representante da categoria, 200 funcionários participaram da decisão.

Se for confirmada, será a segunda greve no ano deflagrada pelos trabalhadores do HC contratados via Funpar. No dia 19 de maio eles cruzaram os braços, mas interromperam o movimento um dia depois, após receberem algumas propostas da UFPR durante dissídio coletivo na Justiça do Trabalho. O Sinditest afirma que 50% dos 916 funcionários da Funpar continuarão trabalhando – em obediência à uma determinação do Tribunal Regional do Trabalho. Caso serviços considerados essenciais no HC sejam interrompidos, a multa diária é de R$ 30 mil.

A paralisação da próxima semana é motivada principalmente pela intenção manifesta da UFPR em integrar a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), um órgão público criado em 2011 pelo Ministério da Educação (MEC) para assumir a gestão de 46 hospitais universitários do país. O sindicato teme que com uma eventual adesão – que precisa da aprovação do Conselho Universitário – todos os funcionários contratados pela Funpar sejam demitidos. A reitoria da universidade já se posicionou afirmando que o contrato com a Ebserh será de cogestão e assumiu o compromisso da manutenção desses trabalhadores no quadro do hospital por pelo menos cinco anos.

No dia 20 de maio, a ação civil pública que prevê a demissão dos trabalhadores foi suspensa por 30 dias. O trato foi de que, nesse meio tempo, a UFPR apresentasse uma solução que criasse novas vagas, mas também tentasse preservar os funcionários.

Além do repúdio à adesão do HC à Ebserh, os trabalhadores também pedem a suspensão da ação civil pública das demissões por sete anos, e que a UFPR considere uma cláusula de aposentadoria que impeça, após os sete anos, que funcionários prestes a se aposentar sejam demitidos.

O Sinditest solicitou, no início da tarde de ontem, a diversas instâncias da universidade para que, no máximo até segunda-feira, as escalas de trabalho sejam entregues para serem ajustadas durante a greve. Já no dia 5 de junho está programado um ato público contra a adesão da universidade e do HC à Ebserh. As atividades devem começar perto das 8h30 no pátio do prédio da reitoria da UFPR.

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