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As novas regras para tirar carteira de habilitação entram em vigor nesta quinta-feira (1º) em todo o país. A partir de agora, os motoristas terão que fazer 45 horas/aula de curso teórico e não mais 30, como era antes. As aulas de direção defensiva, por exemplo, passam de oito para 16 horas, e a de legislação de trânsito, de 12 para 18 horas. O curso de direção veicular também será estendido, passando a ter 20 horas/aula antes eram 15.

De acordo com nota divulgada pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), as novas regras têm o objetivo de melhorar a formação dos condutores e, consequentemente reduzir os acidentes. Por isso, continuarão a ser abordadas no curso teórico questões sobre direção em situações de risco, equipamentos de segurança do motociclista e mudanças no comportamento do motorista após consumo de álcool e outras substâncias psicoativas.

Entre as novidades está a permissão para que motociclistas passem a fazer aulas práticas em vias públicas, desde que eles recebam as instruções antes em circuito fechado.

Com o aumento na quantidade de aulas, os cursos também devem ficar mais caros. A expectativa do Sindicato das Auto e Moto Escolas do Estado de São Paulo é que a carteira de habilitação fique de 20% a 30% mais cara.

Mas esse não foi o único motivo que fez com que candidatos a motoristas e motociclistas se apressassem para tirar a carteira antes das novas regras. O carteiro Aldemir Pinheiro da Silva disse que teve receio de enfrentar o trânsito para fazer as aulas práticas. "Eu me sinto inseguro de pegar a moto e sair no trânsito enquanto estou aprendendo. Fora do circuito fechado fica difícil de o instrutor passar as orientações", avaliou. Ele acrescenta que, se pudesse optar, "não iria querer fazer aulas no trânsito".

As novas regras dividem opiniões dos instrutores de autoescolas Em Brasília, alguns instrutores de motos nem sabiam que as novas regras incluem aulas em vias públicas. Para Carlos Corrêa, que tem permissão para guiar motocicleta há dez anos e dá aulas de direção há cinco, o ensino no trânsito pode ser arriscado para alunos e instrutores. "No trânsito as pessoas não respeito nem os carros de autoescola, imagine as motos de aprendizes. Um instrutor ir na garupa de um aluno ensinando pode ser muito arriscado", acredita Corrêa.

Já o instrutor Nivaldo José Gonçalves, que atualmente ensina motoristas candidatos a carteira do tipo B (carro), mas já deu aula para os candidatos habilitação do tipo A (moto), a nova resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) é boa. "Antes ficava muito restrito, o aluno sequer passava a segunda marcha. O que ele fazia na aula de moto não era correspondente ao que ele ia viver no trânsito", avalia o instrutor.

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