Todos os rios levam ao mar. E todos os caminhos levam à moda. Geograficamente, inclusive. No Rio de Janeiro, fashionistas trataram de encontrar novos trajetos para chegar ao Píer Mauá, onde ocorrem os desfiles da edição de outono-inverno 2014 do Fashion Rio, que começou na última quarta-feira, devido à interdição da perimetral, que cruza a região portuária e será demolida. Conceitualmente também. Afinal, a passarela bebe em várias fontes para dar outras facetas à vestimenta de sempre.
O primeiro dia de desfiles tratou de mostrar que, sim, o Rio também tem frio e faz moda para as temperaturas mais baixas. De um jeito carioca, com a sobreposição de peças esvoaçantes e casacos mais pesados. Um exemplo disso foi a grife Alessa, que se baseou na obra do arqueiteto Paulo Mendes da Rocha. No desfile, peças arquitetônicas, com volumes pontuais, capazes de rever as formas do corpo, e estampas fotográficas das cidades. Na cartela de cores, cinza, branco e preto.
Outra foi Patricia Viera, que viajou para o Novo México e fez uma moda com base no couro, tratado, pintado, recortado. A coleção ficou entre inspirações tribais, primitivas, e o trabalho espiritual de Chris Grescom, que abençoou a passarela antes do desfile da estilista.
O mineiro Victor Dzenk, por sua vez, encerrou a primeira noite com uma mistura entre as fronteiras do Ocidente e do Oriente com o espírito globetrotter dos anos 1980 e o art déco. O resultado foi um mix curioso de referências e a adequação de todas elas. Vestidos delicados e ornamentados com mosaicos metálicos receberam pseudo casacos de alfaiataria por cima, recortados, só com a estrutura aparente. Calças finas meio ao estilo aladim e esportivo oitentista surgiam em sobreposições. Para os homens, valeu o mesmo jogo de referências e de densidades: peças pesadas em alfaiataria com outras superleves.
Os desfiles de ontem foram Sacada, Oh Boy!, Iódice e Coca-cola Jeans. Para hoje estão pogramadas as apresentações de Herchcovitch, 2nd Floor, Coven e Tng.
*A jornalista viajou a convite do evento
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