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Curitiba e região metropolitana registraram 123 mortes por arma de fogo, arma branca ou agressão no mês de agosto, segundo levantamento da Gazeta do Povo com base nos boletins do Instituto Mé­­dico-Legal (IML). Embora alto, o número é 3% menor em relação ao mesmo período do ano passado, quando ocorreram 127 mortes, e 25% menor em relação a julho deste ano (100 casos), que registrou a taxa mais baixa de homicídios em 13 meses. Foi a segunda queda se­­guida, após seis meses de alta.

Os crimes cometidos por arma de fogo, contra homens, na faixa etária dos 18 a 30 anos mantêm o perfil. As estatísticas poderiam ser mais fiéis se o número de mortos com idade desconhecida fosse apontado nos relatórios. Em agosto, 40 pessoas não tiveram a idade registrada nos pareceres do IML. Outros 40 não tiveram o local do crime apontado.

Os dados mostram que, até o último dia 20, o IML computava menos de 80 casos de assassinatos. Porém, os números cresceram nos dois últimos fins de semana, com uma média de 20 ocorrências. Apesar de a Cidade Industrial de Curitiba (CIC) permanecer na liderança do ranking de homicídios por bairros na capital, a delegada de Homi­cídios, Vanessa Alice, afirma que as mortes na região sofreram uma queda. Neste mês, o CIC teve nove mortes, contra 13 no mês passado. Segundo ela, a tendência de queda é visível. Desde março, houve uma redução nos casos investigados. Pelo levantamento do IML, em janeiro foram 66 mortes. Neste mês, os relatórios oficiais da polícia apontaram 42 casos. "Estamos tentando segurar no patamar entre 42 e 50 casos", diz.

Tráfico de drogas

Os crimes têm sido combatidos em parcerias com o Depar­tamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) e a Polícia Militar. Na CIC, a busca pelo controle de pontos de venda de drogas gerou um foco de homicídios, mas, segundo Vanes­sa, isso já está controlado. "Sen­tía­­mos dos moradores, quando vi­­nham prestar depoimentos, de que a mudança era perceptível quan­­do diziam que agora podiam levar os filhos na praça." Hoje, uma área no bairro Santa Qui­téria é a que mais preocupa a polícia. "É um trabalho maçante, de atuação todos os dias e em todos os horários, porém nem sempre é compreendido pela comunidade. Precisa­­mos ficar de olhos atentos sempre."

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