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“Penso que uma calibragem na atuação seria bastante importante para a advocacia paranaense. Trocar a advocacia romântica pela de resultados.” | Foto: Divulgação
“Penso que uma calibragem na atuação seria bastante importante para a advocacia paranaense. Trocar a advocacia romântica pela de resultados.”| Foto: Foto: Divulgação

Como se comportou o mercado jurídico em 2010?

O nosso país está passando por uma fase maravilhosa de crescimento e, naturalmente, a advocacia acaba se beneficiando também. As chamadas advocacias de negócios alavancaram mais em comparação ao contencioso. O ano foi importante para quem soube manter um foco bem definido de atuação. Os generalistas estão perdendo terreno a cada ano que passa: dominar uma especialidade, de fato, é o que dará ganhos de competitividade e diferenciação.

Quais são as perspectivas do mercado jurídico para o ano que vem?

Além de todo o crescimento interno, eu entendo que precisa haver uma advocacia apta para atender à demanda internacional. Em tempos de preparação para a Copa do Mundo e Olimpíada, não serão poucas as empresas estrangeiras injetando investimento e fincando bandeira em nosso país. Para que consigamos competir com a advocacia estrangeira, que acaba acompanhando esses investidores, precisamos estar preparados, tanto na estratégia como no fortalecimento e profissionalização internos da banca. O Brasil é a bola da vez no cenário mundial.

De que maneira os escritórios e advogados podem se preparar para os próximos anos?

O escritório precisa de um Conselho de Sócios engajado em liderar a banca, com planejamento estratégico bem conduzido e uma gestão voltada para a execução. Os escritórios precisam amadurecer a visão sobre a forma de gerir a banca e, especialmente, como lidam na relação interpessoal entre sócios e advogados. Disputas de egos, conflitos por motivos egoístas, falta de projeto de longo prazo, paternalismo, centralização, medo de perder o poder, dentre outros comportamentos igualmente negativos, são um entrave no crescimento e desenvolvimento de uma banca. Assim, se for preciso, busquem ajuda externa para "limpar" o terreno e deixá-lo sadio para a germinação de boas ideias e para a execução de projetos que alavanquem as metas da banca.

Alguma dica específica para os escritórios paranaenses?

Penso que uma calibragem na atuação seria bastante importante para a advocacia paranaense. Trocar o "pensar local" pelo "pensar regional" ou até pelo "pensar nacional". Trocar a advocacia romântica pela de resultados. Trocar o ambiente instável da sazonalidade de contratos pelo planejamento de curto, médio e longo prazos. Trocar o individualismo do advogado estrela pela blindagem do trabalho em equipe. Converter boas ideias em execução. Tudo isso trará para a banca e seus membros os resultados e a advocacia sustentável que almejam.

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