O consumo de álcool em uma festa trouxe muitos problemas para a vida de Sara*, de 15 anos. Ela perdeu a noção do que estava fazendo e começaram boatos sobre os excessos. O encontro aconteceu no salão de festas de um colega da escola, que pediu comida e bebida por telefone. Foram duas garrafas de vodca. Dos nove adolescentes, apenas um não bebeu. O que mais revoltou Cláudia*, mãe de Sara, foi a ausência de um adulto para supervisionar o que os jovens estavam fazendo.
A mãe acreditou que tinha conseguido passar para a garota a mensagem sobre os problemas que o álcool traz. Sara já tinha bebido, mas pouco, outras três vezes. "Sabíamos que um dia ia acontecer", diz. Cláudia relata que ficou magoada com a filha e que perdeu a confiança na menina. "Expliquei que ela errou e que vai ter que pagar pelo erro, porque tudo o que a gente faz tem consequência", conta. Saídas foram limitadas e uma viagem, cortada. A família vai procurar ajuda psicológica.
Luzenete Wessler aproveita reportagens na tevê sobre os efeitos do excesso de álcool, como acidentes e doenças, para alertar os filhos Lettizia, de14 anos, e Luca, de 13 anos. Ela também passou a falar sobre o assunto nos fins de semana, em encontros de família, quando os adultos estão bebendo. Certa vez a filha pediu um gole, em outra quis saber o gosto que tinha. "Eu disse a ela que um gole de bebida alcoólica naquela idade vai matar neurônios que vão fazer falta no futuro", relata Luzenete.
"Fico feliz de saber que a minha filha vai em festas em que colegas bebem até cair e ela não bebe", conta, destacando que sempre pergunta à menina como ela se sentiria na pele das garotas que passaram mal. E garante que dá o exemplo. "Digo: sou adulta, não bebo com frequência, quando bebo não dirijo e nunca bebi demais", afirma. Para Luzenete, o maior problema é impedir o consumo num mundo em que as pessoas bebem. "Como falar que é ruim se tanta gente faz?", indaga.
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