A construção da terceira pista do Aeroporto Internacional do Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, só sairá do papel a partir do momento que 857 mil metros quadrados do entorno do aeroporto forem desapropriados para a obra. Contudo, dos R$ 80 milhões previstos para que a área seja repassada ao poder público, a Secretaria de Infraestrutura e Logística do Paraná conta, até o momento, com apenas R$ 10 milhões vindos do governo federal. "As obras têm que iniciar este ano. Vamos correr atrás do restante através de [outras] parcerias com o governo [federal]", afirma o secretário da pasta, José Richa Filho.
Essa é a primeira parcela de um total de R$ 490 milhões orçados para o pacote de ampliação do Afonso Pena para a Copa de 2014. A nova pista faz parte de um conjunto de obras que também prevê a extensão do estacionamento e a construção de um pátio de manobras para aeronaves. O início da desapropriação da área depende, no entanto, de um decreto que torne a região em um espaço de utilidade pública. Ainda não há uma data para que isso aconteça. O secretário acredita que novas construções na área cessarão com a publicação do decreto. Em 1987 e 1992 foram feitas desapropriações no entorno do aeroporto, porém, novas edificações foram construídas no mesmo local.
Ontem, Richa Filho e uma equipe técnica do governo sobrevoaram o espaço delimitado para a desapropriação. A área prevista para receber a terceira pista do aeroporto tem 242 lotes e abrange sete bairros de São José dos Pinhais Jardim Suissa, Vila Quississana, Nova Costeira, Costeirinha, Vila Fontes, Rio Pequeno e Bairro Jurema. Ao todo, 321 famílias que moram na região deverão ser indenizadas pelo governo estadual, assim como os proprietários de 11 terrenos vazios, nove barracões comerciais e um ginásio.
"Cabe um estudo para analisar caso a caso e definir para onde essas famílias irão", diz Richa Filho. Ele garante que a primeira fase, que compreende a retirada dessas famílias, acontecerá ainda neste ano. O próximo passo será a criação de uma Comissão de Avaliação da Área. Todo o processo depende de aprovações do Ministério da Defesa e da Infraero. A estatal será responsável pela obra da nova pista, mas não tem prazo definido para a intervenção.
Dez anos de espera
A terceira pista do Afonso Pena é prometida há dez anos. Ela terá 3,4 quilômetros de extensão 65% maior do que as já existentes. A construção da nova pista acontecerá em paralelo com outras obras de ampliação do terminal aeroviário. No total, R$ 490 milhões serão investidos, conforme um acordo assinado em fevereiro de 2010 entre governo estadual, prefeitura de São José dos Pinhais e Infraero.
Aeroportos
A ação da Secretaria de Infraestrutura no setor aeroportuário inclui ainda um conjunto de obras em mais seis aeroportos do estado. Na lista estão a pavimentação do aeroporto de Castro, a recuperação da sinalização luminosa do aeroporto de Ponta Grossa, o recapeamento do pavimento do aeroporto de Maringá e a revitalização das pistas dos aeroportos de Loanda e Palotina. Em Londrina, assim como o de São José dos Pinhais, também deve haver desapropriação de áreas para ampliar o aeroporto. Também estão nos planos da secretaria, obras de ampliação do pátio do aeroporto de Maringá e a construção do novo terminal de passageiros em Cascavel.
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