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O comandante do 17º Batalhão da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, tenente-coronel Dirceu Lopes, classificou como "clandestina" a operação realizada por policiais civis do Paraná que resultou na morte de um sargento da Brigada Militar do Rio Grande do Sul. Segundo o comandante, o governo e as polícias Civil e Militar do estado não tinham conhecimento da operação.

"Essa operação foi caracterizada como clandestina", afirmou Lopes. De acordo com o comandante, a Brigada Militar estava fazendo uma operação na região de Gravataí, os paranaenses viram a movimentação no local, mas não alertaram ninguém sobre a operação que realizavam no estado gaúcho.

O sargento Ariel da Silva, de 40 anos, teria sido atingido por cinco disparos, quatro no estômago e um no pescoço, na Avenida Planaltina, por volta de 1h30 desta quarta-feira. Ainda de acordo com Lopes, a viatura do grupo Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre), a tropa de elite da Polícia Civil do Paraná, estava parada de modo transversal na via, o que caracteriza uma abordagem.

O comandante afirma que os dois disparos efetuados pelo sargento teriam sido feitos após a abordagem. Segundo ele, os locais onde ficaram as marcas dos tiros apontam que ele já estaria deitado, possivelmente baleado, quando revidou.

Em nota, a Polícia Civil do Paraná afirma que iria informar ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) do Rio Grande do Sul, quanto à presença dos policiais paranaenses no Estado, na manhã desta quarta-feira.

Crime

Segundo o delegado Leonel Carivali, da Delegacia Regional Metropolitana, Silva estava à paisana. As armas e a viatura foram apreendidas e serão usadas nas investigações. Os agentes acionaram a polícia e solicitaram atendimento para a vítima, que morreu no hospital.Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR), os agentes paranaenses foram ao estado para a realização de uma operação que investigava uma quadrilha envolvida em casos de extorsão.

As investigações, que começaram no Paraná, detectaram uma ramificação da quadrilha do Rio Grande do Sul. A polícia local estava auxiliando os agentes paranaenses na ação, que continua a ser realizada nesta quarta. A polícia gaúcha não acredita que o policial morto tivesse alguma ligação com as investigações em curso. Policiais do Paraná estão no Rio Grande do Sul acompanhando as investigações.

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