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Doentes que moram em Londrina, no Norte do estado, realizaram uma manifestação em frente ao Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná, em Curitiba, nesta segunda-feira (1º). Os 40 pacientes protestaram contra a cassação de liminares que dava o direito a eles receberem medicamentos especiais do governo do estado. Os pacientes, que sofrem de doenças raras ou recém-descobertas, conseguiram na Justiça o direito de obter os medicamentos, mas o governo do estado recorreu das decisões, alegando "desequilíbrio financeiro", e as liminares foram cassadas pelo TJ. São 13 medicamentos especiais, de alto custo, que ainda não constam da tabela do Ministério da Saúde. Os remédios são para o tratamento de câncer de mama, lupus, cirrose hepática, distrofia muscular, doença de Fabry, osteoporose, hepatite B crônica, cistinose, doença de Hodgkin, bexiga neurogênica hiperativa, cromomicose e doença isquêmica do coração.

O grupo viajou cerca de 400 quilômetros para uma audiência com o presidente do TJ, José Antônio Vidal Coelho, mas voltaram para casa frustrados. Eles queriam explicar as dificuldades de quem precisa de um remédio caro para continuar vivo, mas não tem dinheiro para compra. Somente três representantes do grupo – o deputado estadual Tadeu Veneri (PT), o vereador de Londrina Tercílio Turini (PPS) e o relator da Comissão de Direitos Humanos da OAB Londrina, Jorge Custódio – foram recebidos. Segundo eles, não houve avanço. O grupo, que tinha em mãos um abaixo-assinado com cerca de 20 mil nomes, também esteve na Assembléia Legislativa. Eles queriam entender por que o governo do estado recorre das decisões da justiça, mesmo daqueles medicamentos que já têm eficácia comprovada. Foi protocolada uma carta na Casa Civil do governo do estado. "A gente tinha expectativa melhor, diante da gravidade do problema", afirmou Jorge Custódio. O grupo não recebeu nenhuma garantia que o repasse dos remédios será retomado.

Por meio de sua assessoria, Secretaria de Estado da Saúde informou que o assunto só poderia ser comentado pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), que recorre das decisões. A reportagem entrou em contato com PGE, mas não houve retorno. Também por meio de sua assessoria, o TJ informou que não se pronunciaria oficialmente sobre o protesto.

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