Um padre aposentado está sob custódia da polícia em um hospital de Santa Rosa (RS). Quando tiver alta, ele será encaminhado ao Presídio de Santa Rosa. O padre foi condenado por atentado violento ao pudor, em 2007, a sete anos de prisão em regime fechado. Ele recorreu da decisão e aguardava o resultado em liberdade.
De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina, a denúncia partiu de duas vítimas que frequentavam as paróquias administradas pelo religoso no interior do estado em 1998. No primeiro julgamento, o réu foi condenado a multa por importunação ofensiva e a promotora da comarca de Capinzal (SC) recorreu ao Tribunal de Justiça. Em 2007, a sentença foi reformada para crime de atentado violento ao pudor, com pena de sete anos de prisão. O padre recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e aguardava o resultado em liberdade. Em 2008, a condenação foi mantida.
O mandado de prisão contra o réu foi decretado em junho deste ano, pela 2ª Vara da Comarca de Capinzal, onde ocorreu o crime. Mas o padre não foi encontrado pela Justiça catarinense. Depois, o padre se manifestou informando ao juiz que estava doente, tinha se mudado e pedia para cumprir a pena mais perto da família, no Rio Grande do Sul.
Segundo o delegado Camilo Pereira Cardoso, titular da Delegacia de Santo Cristo (RS) e Santa Rosa, a polícia local recebeu uma denúncia sobre o paradeiro do padre. "Recebemos informação pela delegacia de Santo Cristo (RS) de que ele estaria internado em Santa Rosa. Entramos em contato com Capinzal, confirmamos e cumprimos o mandado de prisão, solicitando a brigada da Polícia Militar para assegurar a custódia até ele ter alta", disse.
De acordo com o hospital, o paciente ainda está sendo avaliado e não tem previsão de alta.
O caso
O padre foi denunciado por meninas com idades entre nove e dez anos que eram coroinhas e alunas de catequese de duas paróquias catarinenses. Segundo as vítimas, o padre as chamava para ajeitar as vestes e passava a mão nas nádegas e seios delas.
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