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O Brasil precisa de 600 novos controladores de tráfego aéreo. É o que revela o relatório nacional do Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre as condições de trabalho dos responsáveis pelo controle do tráfego aéreo no país, já apresentado na CPI do Apagão Aéreo. O documento aponta problemas como falta de profissionais, baixa remuneração e excesso de tarefas extras exigidas aos controladores.

Mas, segundo o coordenador nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho (Codemat) do Ministério Público do Trabalho, procurador Alessandro Santos de Miranda, a Aeronáutica já avisou que não será possível sanar esse déficit em menos de dois anos. "A contratação de 600 controladores não é imediata porque o Instituto de Controle de Tráfego Aéreo não tem capacidade para treinar tantos profissionais de uma só vez", explica.

Ainda segundo o procurador, a crise no setor aéreo é bastante complexa, porque não envolve só a questão dos controladores de vôo, mas também é necessário a modernização de equipamentos, a reestruturação das companhias aéreas para atender melhor aos passageiros e uma melhor adequação da legislação de tráfego aéreo ao código de defesa do consumidor. "É uma soma de fatores que devem ser tratados com seriedade, e, para isso, sugerimos à Organização da Aviação Civil Internacional e à Aeronáutica que realizem uma auditoria para redimensionar o espaço aéreo e suas reais necessidades."

Miranda esteve nesta quarta-feira em Curitiba para inspecionar o Cindacta 2. Também participaram da inspeção o procurador Iros Reichmann Losso, que conduz as investigações sobre a crise no setor no Paraná, e a procuradora Ludmila Reis Brito Lopes, responsável pela inspeção no Cindacta 1, em Brasília.

O objetivo das vistorias é levantar dados para subsidiar as investigações que estão sendo feitas nas quatro unidades dos Cindactas e que servirão de base para a implementação de políticas públicas na melhoria do setor aéreo.

De acordo com Losso, responsável pela investigações no Paraná, "as instalações (do Cindacta 2) estão razoáveis, está havendo uma troca de equipamentos de controle de tráfego aéreo, tanto na parte de controle civil como no controle e defesa militar aérea". Losso explica que, mesmo com o quadro deficitário em todo o país, os 185 controladores de vôo do Cindacta 2 não ficam sobrecarregados e não chegam nem perto do limite de 14 vôos controlados simultaneamente. Até outubro o Cindacta 2 deve instalar equipamentos de alta tecnologia tanto na defesa aérea quanto no controle comercial do tráfego aéreo, anunciou o procurador paranaense. Já Miranda disse que a meta é de que até 2010 sejam trocados cerca de 700 equipamentos nos aeroportos de todo o Brasil. A próxima vistoria será no Cindacta 3, em Recife, na próxima segunda-feira. Já, na quinta-feira os procuradores viajam a Manaus para inspecionar o Cindacta 4.

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