O supervisor Danilo Jacomini Pitol, de 32 anos, morador da cidade de Pinhais na região metropolitana de Curitiba, continuava desaparecido até o fim da tarde desta quarta-feira (14), sete dias depois ter sumido. Ele foi visto pela última vez na quarta-feira da semana passada (7) na praia de Ferrugem, em Garopaba, no litoral catarinense. Pitol deixou a namorada na praia lendo um livro e foi fotografar o local sobre algumas pedras próximas a praia.
As buscas ao paranaense são realizadas pelo Corpo de Bombeiros e pela Polícia Civil do estado vizinho. O comandante dos Bombeiros, 3º sargento Pedro Justino, informou que as equipes de buscas da corporação concentram o trabalho no mar, já que existe a possibilidade do rapaz ter caído na água ao tentar fazer as fotos. Segundo ele, a área vistoriada é grande e vai de Garopaba até próximo a Laguna. "Desde o dia do acidente, a maré está no sentido Sul", falou.
Ele comentou que foi realizado uma varredura nas proximidades do local em que Pitol desapareceu com cães farejadores para tentar encontrar alguma evidência do paradeiro do rapaz. Porém, nos dois dias de buscas em terra não houve qualquer indício do paradeiro dele.
O desaparecimento
Pitol, funcionário de uma multinacional, estava em férias com a namorada Ana Cristina quando desapareceu. A tia dele, Nádia Aparecida Jacomini Furlan, contou que o casal havia recém chegado à praia de Ferrugem quando ele decidiu fazer uma foto do local sobre as pedras. Pitol estava de sunga e chinelos quando saiu para fotografar. Enquanto isso, a namorada ficou lendo um livro na areia, próxima a um posto de salva-vidas. "Ele falou: vou naquelas pedras tirar umas fotos. É a última notícia que temos dele", contou.
O local que o supervisor informou que iria fica a cerca de 300 metros do ponto em que eles estavam, segundo os bombeiros da cidade. Cerca de uma hora depois, Ana Cristina resolveu avisar os salva-vidas, pois o namorado não havia retornado. Em seguida as buscas foram iniciadas. Porém, mesmo quase uma semana depois, o rapaz não foi localizado. Pitol é pai de duas meninas, com idade de onze e nove anos.
A família cogita a possibilidade dele ter sido assaltado por causa do custo da câmera fotográfica que ele utilizava - uma máquina profissional, avaliada entre R$ 4 mil e R$ 5 mil. A tia Nádia contou que onze integrantes da família estavam na cidade ajudando nas buscas até segunda-feira (12), quando a Polícia Civil da cidade teria aconselhado eles retornarem para casa e aguardarem notícias.
Ela questionou o fato de um surfista ter prestado informações sobre o paradeiro de Pitol quatro dias depois do sumiço dele. "Os bombeiros foram jantar em um restaurante e esse rapaz chegou e falou que viu o homem nas pedras na quarta-feira e que ele caiu no mar. Mas por que ele só foi falar isso no domingo à noite?", perguntou.
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