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Atualizado em 19/12/2006 às 18h37

Nem bem terminou a sessão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que nesta terça-feira suspendeu por unanimidade o aumento dos parlamentares, os presidentes da Câmara e do Senado já articulavam para que o Congresso votasse até quinta-feira o reajuste.

O presidente da Câmara Aldo Rebelo disse, de acordo com o blog da jornalista Cristiana Lobo, que pretende que o aumento salarial seja decidido com voto aberto. O presidente do Senado, Renan Calheiros, também anunciou que se for votado na quinta-feira na Câmara, haverá uma sessão no Senado, para decidir o aumento.

Na tarde desta terça-feira, Aldo e Renan convocaram reuniões de líderes para receber sugestões para o reajuste, porém, como muitos parlamentares estão sendo diplomados em seus estados, o encontro ficou para quarta-feira. Além das sugestões, na reunião deve ser decidido se o aumento será ou não votado em plenário pelo voto aberto, como quer Aldo.

Aldo Rebelo disse ainda que a decisão sobre o aumento "está zerada" e que vai cumprir a decisão do STF. Ele lembrou que levou para a reunião da semana passada duas propostas de reajuste: uma de R$ 16,500 e outra, aprovada pelos presentes, de R$ 24,500. A intenção dos congressistas é de equiparar seus salários aos dos juízes do Supremo Tribunal Federal (STF).

No Paraná

No Paraná, os deputados aguardam a votação em Brasília. Na semana passada, após a aprovação do reajuste, os parlamentares paranaenses elevaram os salários de R$ 9,5 mil para cerca de R$ 18 mil. O reajuste é baseado na lei federal que prevê que o teto salarial de um deputado estadual seja de 75% de um salário de senador e deputado federal. Enquanto que um vereador pode ganhar até 75% do que ganha um deputado estadual.

Se aprovado o reajuste de mais de 91% para deputados federais e senadores, o aumento é autoaplicável, ou seja, não é necessário votação. Caberá então à nova mesa diretora da Assembléia Legislativa do Paraná, que tomará posse em 2007, definir o porcentual do reajuste que será concedido aos deputados do Paraná, com base no orçamento da Casa - 3,2% do orçamento geral do estado.

Protestos

Nesta quarta-feira, o Sindicato dos Bancários de Curitiba, a Federação dos trabalhadores em empresas de crédito do Paraná (FETEC-CUT-PR), a CUT/PR, demais centrais sindicais e entidades, realizam às 16 horas, na Boca Maldita, no Centro de Curitiba, coleta de assinaturas contra o aumento abusivo de quase 91% nos salários dos parlamentares.

A manifestação também é em apoio a um movimento nacional que visa a aprovação de um projeto de lei de iniciativa popular que atrela o aumento dos salários dos parlamentares ao aumento máximo do salário mínimo.

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