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Prefeitura garantiu que os documentos necessários para o funcionamento do parque foram apresentados antecipadamente | HENRY MILLEO - GAZETA DO POVO
Prefeitura garantiu que os documentos necessários para o funcionamento do parque foram apresentados antecipadamente| Foto: HENRY MILLEO - GAZETA DO POVO

Dez pessoas ficam feridas após brinquedo de parque de diversões partir ao meio

O parque de diversões em que um adolescente de 15 anos caiu de um brinquedo "kamikaze" em Castro, na região dos Campos Gerais, no domingo (22), não possuía autorização para funcionar. O tenente do Corpo de Bombeiros de Ponta Grossa André Lopes afirmou, nesta segunda-feira (23), que o parque não havia passado por nenhuma vistoria e, por isso, não estava liberado pelo órgão. Ao todo, dez pessoas ficaram feridas.

O Corpo de Bombeiros recebeu da prefeitura de Castro um aviso de um evento na cidade, porém esse documento não seria suficiente. "Seriam necessárias liberações de outros órgãos, até da prefeitura, que é a responsável pelo evento", afirmou Lopes. "O responsável não pediu pela vistoria, porque sabia que teria custos com profissionais, como um engenheiro, para validar os laudos", completou.

A prefeitura de Castro, que promoveu o evento com o parque de diversões para comemorar o aniversário de 305 anos da cidade, garantiu que todos os documentos necessários para o funcionamento do parque foram apresentados antecipadamente. Antônio Sérgio de Oliveira, chefe do departamento de segurança pública do município, afirmou ao telejornal ParanáTV da RPCTV que a prefeitura não pode dizer o que os outros órgãos de segurança devem fazer em um evento para haver liberação.

Investigação

A delegacia civil de Castro já está realizando as investigações para apurar as causas do acidente. As testemunhas e feridos liberados do hospital serão ouvidos a partir desta segunda-feira. Além dos interrogatórios, peritos do Instituto de Criminalística realizam uma perícia no local do acidente e no brinquedo.

Até o momento, apenas o proprietário do brinquedo foi ouvido. De acordo com o depoimento, a fabricação do "kamikaze" era artesanal, feita por ele mesmo. "Ele disse que tudo estava em ordem e que a autorização para os brinquedos funcionarem no local seriam providenciadas pelo organizador do parque", explicou o delegado Getúlio Vargas à Agência Estadual de Notícias.

Cada brinquedo do parque pertencia a um dono diferente. O responsável pela organização do local está sendo procurado pela polícia, mas ainda não foi localizado. Segundo o delegado, o Corpo de Bombeiros não fez vistoria no parque porque não teria sido procurado.

Acidente

Um adolescente de 15 anos sofreu traumatismo craniano após cair do brinquedo ‘kamikaze’ que partiu ao meio no domingo. Bruno Ramon Pereira passou por uma cirurgia e encontra-se em estado grave. De acordo com boletim médico divulgado pelo Hospital Bom Jesus, o jovem está entubado, respira com ajuda de aparelhos e utiliza medicamentos para tratamento de infecção e manutenção da pressão arterial.

Segundo o médico Marcelo Tessari, que assina o boletim, Pereira sofreu "politraumatismo grave, com fratura de crânio, fratura de ossos da face, laceração com avulsão da hemiface direita, fratura exposta de joelho e fêmur direito, traumatismo abdominal e feridas múltiplas no membro inferior esquerdo e região perineal".

Além de Pereira, outras nove pessoas ficaram feridas depois que o brinquedo, que chega a dar giros de 360 graus, partiu ao meio, derrubando os ocupantes, por volta das 15h50. Todas as vítimas, que têm entre 12 e 18 anos de idade, foram encaminhadas ao Hospital Ana Fioriolo Menarin, em Castro. Ainda no domingo, o garoto de 15 anos foi transferido para o Hospital Bom Jesus, de Ponta Grossa. Os demais adolescentes apresentavam apenas lesões consideradas leves e foram todos liberados no mesmo dia.

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