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A direção do Parque Nacional do Iguaçu decidiu liberar nesta sexta-feira (17) a entrada de visitantes, um dia depois de fechar o atrativo após protestos em frente ao portão da unidade. Durante esta sexta, os manifestantes continuaram com a mobilização, que segue por tempo indeterminado.

Taxistas, guias e transportadores do turismo rejeitam a decisão da Justiça de restringir a circulação de veículos na reserva e exigem a regulamentação do serviço. No sábado (18), o trade turístico deve se reunir com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que cumpre agenda política na região.

Desde quinta-feira, quando a decisão voltou a valer depois de 14 dias de suspensão, apenas os ônibus da concessionária responsável pela recepção de visitantes é autorizada para fazer o transporte dos turistas. O translado dos hóspedes do Hotel das Cataratas, empreendimento construído em frente às Cataratas do Iguaçu, é feito por vans contratadas pelo estabelecimento. Funcionários e fornecedores também podem ingressar na reserva com seus veículos.

O segundo dia de bloqueio da BR-469 não chegou a afetar a movimentação do parque. Mesmo tendo que seguir a pé por parte da rodovia até o centro de recepção, a maioria dos turistas não desistiu de conhecer o atrativo. Até as 15h30, 2.449 pessoas ingressaram na reserva. "Não queremos prejudicar o parque, a cidade ou o turismo. Queremos apenas trabalhar", comentou o presidente do Sindicato dos Guias de Turismo, Sidnei dos Reis, lembrando que a categoria está preparando um abaixo-assinado que será entregue à ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

A ação que gerou a decisão da Justiça Federal, movida por uma ONG ambientalista de Porto Alegre (RS) defende a restrição da circulação de veículos na unidade de conservação como forma de reduzir o número de atropelamentos de animais e de proteger o ecossistema local. Registros da administração do parque contabilizam 37 casos de atropelamentos de animais este ano, o último deles de uma fêmea de veado-mateiro, no dia 8 deste mês. Em 2009, uma onça-pintada também foi morta.

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