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A Pesquisa Rodoviária 2009 da Confederação Nacional do Transporte (CNT) revelou que os 10 melhores trechos do país estão sob a administração das concessionárias de rodovias, enquanto que os 10 piores são gerenciados pelo poder público. O diretor da Associa­­ção Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) no Paraná, João Chiminazzo Neto, acredita que o sistema de concessão está se tornando "imprescindível". "As demandas dos governos têm se ampliado para saúde e educação e, portanto, o setor de transportes fica para segundo plano. Por isso tem se investido cada vez mais na iniciativa privada", considera.

De acordo com o professor de transportes na Universidade Fe­­deral do Paraná (UFPR) Eduardo Ratton, é necessário estabelecer acordos entre governo e concessionárias para que os valores cobrados nas praças de pedágio possam ser reduzidos. "É preciso competência jurídica dos representantes do governo para negociar com as empresas", acrescenta. Ele lembra que as estradas ruins aumentam os custos do transporte, mas os valores dos pedágios também têm o mesmo efeito.

Na avaliação do professor de rodovias pela Escola de Enge­nharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) João Fortini Albano, além de investir na construção de boas rodovias, é necessário aplicar recursos constantes em manutenção. "As concessionárias de rodovias fazem isso por obrigação contratual", lembra. Dessa forma, a rodovia não sofre tanto os efeitos do excesso de peso nas cargas e do clima. "A pesquisa da CNT teve um resultado tão desfavorável porque choveu muito neste ano, desgastando a pista. Além disso, o governo não tem uma fiscalização eficiente sobre o excesso de peso das cargas, o que compromete bastante a qualidade do pavimento", explica. (MGS)

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