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A Urbanização de Curitiba (Urbs) voltou a atrasar o repasse da verba relativa à prestação dos serviços de transporte coletivo em Curitiba. Esse é o segundo atraso em menos de dois meses. Dessa vez, o débito ultrapassa R$ 1,5 milhão e se refere aos serviços prestados na última segunda-feira.

A empresa confirmou a dívida e alegou que a parcela mensal do subsídio estadual que deveria ser paga no último dia 10 ainda não foi depositada pelo Governo do Estado.

No ano passado, os atrasos nos repasses financeiros às empresas que operaram os ônibus de Curitiba e região metropolitana já haviam sido recorrentes no período que antecedeu à assinatura do convênio que garante o subsídio estadual para o sistema.

Neste ano, o atual acordo vai até dezembro. Ainda não há uma sinalização de nenhuma das partes de que ele será renovado. O Governo deposita mensalmente na conta da Urbs R$ 7,5 milhões para minimizar o impacto da falta de reajuste na tarifa do transporte coletivo integrado.

De acordo com a Urbs, 44% da prestação do serviço foi paga no mesmo dia da operação. Isso porque essa é a porcentagem de viagens pagas com dinheiro, que ficam com as empresas sem a necessidade de repasse por parte do poder concedente. Já os outros 56% são pagos com cartão transporte. Dessa porcentagem, R$ 1,5 milhão já teria sido depositado, diz a Urbs. Os repasses para o transporte coletivo são realizados sempre no dia seguinte à prestação do serviço.

A Gazeta do Povo apurou que os empresários do setor temem que esses atrasos se intensifiquem e coloquem em risco o funcionamento do sistema. As duas parcelas do 13º salários são pagas justamente nos meses de novembro e dezembro, período em que as discussões pela renovação do subsídio estadual se intensificarão. No mês passado, a Gazeta do Povo já havia publicado reportagem mostrando atraso no repasse dos valores relativos à prestação dos serviços do transporte público de Curitiba e região. À época, o débito era de R$ 3,2 milhões.

Procurada pela reportagem, o Setransp (sindicato que represente as empresas de ônibus) confirmou que ainda não recebeu os R$ 1,5 milhão. A entidade, porém, preferiu não comentar sobre o impacto do atraso no sistema. A Urbs, por sua vez, informou que o débito corresponde a 0,8% do faturamento bruto mensal das empresas. Até o fechamento desta reportagem, o Governo do Estado não havia se pronunciado sobre o assunto.

Já a Comec, órgão do governo estadual responsável pela região metropolitana, informou que o subsídio mensal não está atrasado. Isso porque ele teria até o dia 20 de cada mês para efetuar o depósito.

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