Pelo menos 140 cirurgias foram canceladas, no Hospital das Clínicas de Curitiba, nos cinco dias da greve dos funcionários técnico-administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR). A paralisação começou na segunda-feira (28) e desde então foram realizados 58 procedimentos, quando a média seria de 200, segundo a assessoria do hospital.
Nesta sexta, foram realizadas apenas quatro cirurgias. Os procedimentos adiados serão reagendadas após o término da greve. Na central de agendamento de consultas, dos 11 funcionários, apenas três estão trabalhando. O tempo estimado de espera nas filas foi de 2 horas. Esta espera, porém, já era normal antes da greve devido à demanda ser maior que a capacidade de atendimento, informou a assessoria do hospital.
O Pronto Atendimento não está mais recebendo pacientes encaminhados pelos postos de saúde ou quem procura diretamente o HC. Só estão sendo atendidos pacientes que apresentam risco de morte. Um levantamento parcial feito pelo hospital mostrava que 51 pessoas não estavam trabalhando em áreas críticas como as unidades de terapia intensiva (UTI), os centros cirúrgicos, o tratamento semi-intensivo e a urgência e emergência.
Na quarta-feira (30), a direção do HC solicitou ajuda ao Ministério Público Federal (MPF) para 100% dos funcionários voltassem ao trabalho nas UTIs. Até o final da tarde desta sexta, o MPF ainda não tinha anunciado a decisão do caso.
Também foram afetados o Restaurante Universitário (RU), setores de transporte e secretarias dos departamentos da universidade.
Reivindicações
As principais reivindicações dos grevistas são relacionadas a medidas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Um dos artigos inibe o aumento de salários, o que prejudicaria o Plano de Cargos e Salários. De acordo com o programa, durante dez anos o gasto com a folha de pagamento do serviço público só poderá aumentar 1,5% ao ano, além da reposição da inflação.
A categoria também protesta contra o projeto que pretende desvincular os hospitais universitários (HUs), como o Hospital de Clínicas da UFPR, das universidades federais. Os HUs passariam a ser geridos por uma fundação estatal.
UTFPR
Os técnico-administrativos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), antigo Cefet, no câmpus de Campo Mourão, Centro-Oeste do estado, decidiram, na tarde desta sexta, aderir ao movimento.
Os servidores do câmpus de Curitiba já haviam anunciado a adesão à greve na quarta-feira (30). Os técnicos prometem paralisar as atividades a partir de segunda-feira (4).
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