
Pelo terceiro ano consecutivo, o Paraná manteve a segunda posição no ranking nacional de desenvolvimento social, de acordo com o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), elaborado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). De acordo com o estudo divulgado, em 2007, quase metade da população paranaense (44%) vivia em municípios de alto desenvolvimento. Em 2000, esse porcentual era 0,03%. Outra parte, 54%, em 2007, morava em municípios de desenvolvimento moderado. Apenas 2% da população pertencia a municípios de desenvolvimento regular, contra 25% em 2000. Nenhum paranaense morava em municípios de desenvolvimento baixo em 2007.
No estudo divulgado essa semana, com base em dados de 2007, o Paraná alcançou IFDM de 0,8244, 2,1% a mais que no ano anterior. Apenas Paraná e São Paulo, o primeiro colocado, apresentam alto índice de desenvolvimento. O Paraná foi um dos cinco estados brasileiros que em 2007 apresentou crescimento do IFDM nas três áreas de desenvolvimento contempladas pelo índice (emprego/renda, saúde, educação).
Na análise feita por área de desenvolvimento, o Paraná confirma sua liderança na saúde, com IFDM-saúde de 0,8762 crescimento de 1,2% em relação ao ano anterior. O índice de emprego/renda subiu de 0,8344 para 0,8427, influenciado pelo bom desempenho da geração de empregos formais, garantindo ao estado a terceira posição no país. Por fim, em educação, o Paraná obteve um crescimento de 0,7216, em 2006, para 0,7544, em 2007. Embora o aumento tenha sido considerável, o indicador de educação manteve-se no patamar moderado, colocando o estado na quinta posição no ranking nacional nesta área.
De acordo com o chefe da divisão de estudos econômicos da Firjan, Guilherme Mercês, saúde é a melhor variável do estado, já educação puxa o IFDM paranaense para baixo, embora tenha sido a vertente de maior crescimento no Paraná, entre 2006 e 2007. "Saúde é o destaque do Paraná e Região Sul, já educação é a vertente mais fraca do estado, embora tenha crescido", diz. Para o macroeconomista e professor do curso de Economia da Universidade Positivo Wilhelm Meiners, a "saúde vai bem em todo o estado, a educação não vai tão bem, mas há homogeneidade. A renda vai bem, mas existe concentração".
De acordo com a superintendente da Secretaria de Estado da Educação, Alayde Digiovanni, o resultado em educação no Paraná não é tão alto quanto se esperava por dois fatores. O primeiro é que 20% da nota refere-se a atendimento à educação infantil. "Antes não tinha a obrigatoriedade de universalização de educação para a faixa etária de 4 e 5 anos, agora os municípios estão aumentando suas vagas para atender a isso". O segundo motivo, segundo ela, é que cerca de 10 a 12 mil professores do ensino fundamental, que fizeram curso superior, ainda não tiveram o diploma reconhecido. "Já está se trabalhando nisso. Depois que for reconhecido, o Paraná vai pular para o primeiro lugar", promete. A variável refere-se a 15% da nota de educação.
Já o secretário de estado de saúde, Carlos Moreira Júnior, afirma que o resultado alcançado pelo Paraná no setor é explicado pelas políticas públicas realizadas. "Como o programa 'Nascer no Paraná: Direito à Vida', melhoria do registro das causas de morte, um programa de saneamento e água tratada e o combate à desnutrição, à diarreia e à pneumonia", relaciona.




