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Protesto em SP

Pequeno agricultor "celebra" 120 dias sob invasão do MST

Ele vai estender uma faixa na frente do Fórum federal de Bauru pedindo justiça. Aversa Neto precisou retirar gado no pasto e dispensar funcionários

O produtor rural Antonio Aversa Neto, de 46 anos, prepara uma manifestação singela para "comemorar" os 120 dias de invasão de seu sítio em Pederneiras, a 340 km de São Paulo. Com a ajuda de outros sitiantes, ele vai estender uma faixa na frente do Fórum federal de Bauru pedindo justiça.

A área de apenas 31 hectares, considerada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária uma "pequena propriedade produtiva", está invadida desde o dia 6 de agosto por integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST) e da Federação dos Agricultores Familiares (Feagri).

O sítio fica encravado no antigo horto florestal de Pederneiras, desapropriado pelo Incra e transformado no Assentamento Aimorés. "Não tinha terra para todos os sem-terra no horto e eles invadiram meu sítio", disse Aversa Neto. Ele foi obrigado a retirar o gado que engordava no pasto e dispensar empregados, mantendo apenas a família do caseiro na área.

A Justiça estadual mandou despejar os invasores, mas, antes que a ordem fosse cumprida, o Incra pediu a transferência do processo para a Justiça federal. "O Incra alegou que meu sítio faz parte do assentamento, o que não é verdade.

O juiz Eraldo Garcia Vitta, do Fórum Federal de Bauru, negou a liminar de despejo e mandou que o autor fornecesse a identificação dos invasores e a qualificação completa dos líderes. "Como, se sofro ameaça toda vez que passo perto deles?" O Incra considera Aversa Neto um ocupante de terra pública.

O dono do sítio apresenta documentos da cadeia dominial do imóvel referente aos últimos 50 anos. "Estive nos cartórios e todas as matrículas estão em ordem." O superintendente do Incra em São Paulo, Raimundo Pires da Silva, disse a justiça dará a palavra final sobre o caso.

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