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Dos 38 projetos apresentados pelas 28 entidades que possuem registro no Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (Comtiba), 11 ainda não receberam nenhuma doação. Já a Associação Hospitalar de Proteção à Infância Doutor Raul Carneiro – Hospital Pequeno Príncipe foi a entidade que mais recebeu doações. Foram cerca de R$ 300 mil, do total de R$ 373 mil arrecadados pelo FIA no primeiro semestre de 2005. A doação possibilitou que o Projeto Família Participante, desenvolvido desde 1991, fosse revitalizado.

O projeto oferece mais comodidade aos acompanhantes das crianças internadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que representam 70% do atendimento oferecido, e contou apenas com a colaboração de duas empresas com a doação de sopas ou pães para complementar a alimentação dos acompanhantes. "A gente chegava a ver algumas mães passando mal na enfermaria e ia descobrir que elas estavam assim porque passavam o dia inteiro recebendo somente a sopa", disse a psicóloga e coordenadora do Programa Família Participante, Tatiana Forte. Também havia apenas uma cadeira simples ao lado de cada um dos 200 leitos disponíveis para o SUS, onde os acompanhantes acabavam dormindo. Até 2004, 173 mil famílias foram atendidas pelo projeto. No período do projeto, o tempo de permanência das crianças no hospital caiu de uma média de 15 para 5 dias.

A mudança beneficiou a dona de casa Cíntia Mikus Ribas, 29 anos. Ela acompanha a quinta internação da filha Larissa, de 1 ano e 8 meses, que sofre de má formação cerebral. Nas outras quatro passagens pelo hospital, Cíntia não tinha como dormir. "Agora pelo menos consigo descansar", diz, referindo-se a uma das novas cadeiras reclináveis. Como amamentava, Cíntia recebia alimentação integral do hospital, mas lembra que já teve de socorrer algumas colegas que também acompanhavam os seus filhos. "Perdi as contas de quantas vezes tive de sair daqui e pagar lanche."

O Banco HSBC foi um dos principais doadores do hospital. De acordo com a gerente de responsabilidade social da instituição financeira, Ana Paula Gumy, o banco tem como política escolher os projetos sociais nos quais vai investir por meio de consultas feitas nos projetos cadastrados nos conselhos municipais de todo o país. "Investimos em projetos sociais que possam ser acompanhados." A entidade também doou recursos num projeto de Casas Lares desenvolvido pela Fundação Iniciativa, de Curitiba.

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