Neste sábado (21), fez nove meses que a equipe de policiais civis do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce) solicitou a pericia ao Instituto de Criminalística em equipamentos eletrônicos dos presos na Operação Quadro Negro Eduardo Lopes de Souza, dono da empresa Valor Construtora, e Maurício Fanini, ex-diretor da Secretaria de Estado da Educação (Seed) Maurício Fanini. Por isso, o Nurce ainda teve acesso ao conteúdo das conversas do aplicativo Whatsapp dos suspeitos presos na Operação Quadro Negro, deflagrada em julho do ano passado, nem aos arquivos dos computadores apreendidos na ação. A operação Quadro Negro apura o desvio de quase R$ 20 milhões destinados a obras de escolas estaduais do Paraná.
De acordo com os pedidos de perícia, a equipe de investigação pretende que o Instituto de Criminalística verifique todo conteúdo de arquivos armazenados em três celulares e um notebook, encontrados com Lopes e um celular, e um kindle e outro notebook, apreendidos com Fanini. A requisição das perícias foi feita cerca de um mês depois da deflagração da operação, no dia 21 de agosto de 2015.
“Pelo presente, com fulcro no artigo 2, parágrafo 2º, Lei nº12.830/2013, requisito a Vossa Senhoria, perícia descritiva, com o intuito de verificação do conteúdo de todos os arquivos armazenados, principalmente em relação ao aplicativo Whatsapp, a fim de instruir os autos do inquérito policial nº 53.161/2015, onde é investigada a empresa Valor Construtora de Obras e Serviços Ambientais Ltda”, explicou o texto do pedido na época. A requisição ainda pede resgate de informações de mensagens que podem ter sido apagadas dos aparelhos.
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do Instituto de Criminalística informou que, devido a complexidade da perícia, as análises ainda precisarão de mais 30 dias para serem entregues. O inquérito do Nurce já foi relatado ao Ministério Público, que aguarda o resultado das perícias.
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