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A chuva que complicou a chegada dos foliões ao Anhembi deu uma trégua para a primeira escola do carnaval de São Paulo na noite desta sexta-feira (5). Sem os imprevistos do clima, a Unidos do Peruche tentou fazer um desfile tradicional em busca da permanência entre as escolas da elite, mas precisou se esforçar para driblar problema no abre-alas e no terceiro carro.

A agremiação não colocou todos os carros na avenida e terminou o desfile com atraso. Precisou de 68 minutos para tirar todos os integrantes da passarela no Anhembi. O tempo máximo é de 65 minutos.

Vice-campeã do Grupo de Acesso em 2010, a escola já faturou três títulos. Neste ano, defendeu o enredo "Abram-se as cortinas! O espetáculo vai começar. 100 anos de Theatro Municipal de São Paulo. A Peruche vai contar". O desfile começou às 23h30.

Entre os destaques, a escola teve a modelo Caroline Bittencourt em sua estreia no Carnaval como rainha de bateria da Peruche, comandada pelo mestre Cal. Ela foi acompanhada da modelo Danielle França, madrinha da bateria. A ex-BBB Jaqueline Khury era aguardada para ser a musa da bateria, mas não participou do desfile.

Também como uma das musas, a escola apresentou a ex-BBB Cacau, que desfilou pela primeira vez em São Paulo.

EvoluçãoA comissão de frente "Apolo e as Artes" fez evoluções na frente do Abre-alas, vestidos de músicos, pintores e artistas. Seus movimentos homenagearam a Semana de Arte Moderna. Além dos figurinos de época, a comissão chegou a usar uma espécie de guarda-chuva branca.

A primeira alegoria da escola foi motivo de preocupação no começo do desfile. Integrantes de apoio da escola Unidos do Peruche fizeram uma força-tarefa para empurrar o carro abre-alas da agremiação, que apresentou problemas antes mesmo de entrar na avenida. Segundo um dos diretores de ala, ocorreu um defeito na roda, que foi parcialmente resolvido.

A terceira alegoria também teve problema em uma das rodas. Ao menos duas alas precisaram alterar a ordem de entrada para minimizar os "buracos" na avenida. O problema pode prejudicar a avaliação da escola no critério evolução.

A Unidos do Peruche desfilou com 3 mil componentes em 26 alas e cinco carros. O enredo foi contado pelo carnavalesco Amarildo de Mello. A bateria contou com 220 ritmistas, que deram vida ao samba-enredo cantado pelos intépretes Tinga, Toninho Penteado, Bernardete e Manoel.

O abre-alas mostra a inauguração do Teatro Municipal, 138 componentes relembram o evento que ocasionou um dos primeiros congestionamentos de São Paulo. A alegoria também conta com uma plateia desenvolvendo os mais variados tipos de arte que passaram pelo local ao longo de seus 100 anos: óperas, danças, música, teatro etc.

O segundo ato da Peruche traz um dos momentos mais importantes do Teatro Municipal: a Semana de Arte Moderna de 1922. Emerson Nunes e Cintia Cristina Grecco Pricolli, primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, representam a vitória dos 100 anos do Teatro Municipal, com fantasias que fazem alusão à arte criada na Grécia, na antiguidade.

A Peruche também teve uma ala composta por 60 drag queens representando a peça "Vestido de Noiva", de Nelson Rodrigues.

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