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O delegado Naylor Robert, da Delegacia de Estelionato e Desvio de Carga de Curitiba, orienta as pessoas que forem informadas sobre prêmios ou indenizações para pedirem para uma segunda pessoa, de confiança, analisar a situação. "Geralmente os alvos são pessoas de idade ou com menor nível de formação. O ideal, antes de fazer qualquer coisa, é pedir auxílio para alguém que possa estudar o caso racional e tecnicamente", orienta.

Para Robert, o fato de a quadrilha que aplica o golpe do pecúlio agir de Fortaleza contra pessoas de outras regiões do país pode ser proposital, com o objetivo de dificultar o trabalho de investigação. "Se as denúncias são feitas por aqui, temos que enviar o boletim de ocorrência para a polícia do Ceará para pedir ajuda. E em meio a todo o trâmite para solicitação de um documento ou escuta telefônica, por exemplo, a polícia acaba perdendo muito tempo".

O delegado explica que pessoas que tenham recebido esse tipo de carta podem fazer uma denúncia anônima para a polícia. "Podem enviar uma carta anônima ou fazer uma ligação para nós. Mesmo que não tenham caído no golpe é bom entrar em contato com a polícia, para que possamos investigar", afirma. O telefone da Delegacia de Estelionato é (41) 3365-3748.

A reportagem tentou o contato com as supostas empresas para comentar o assunto. Em uma das tentativas, uma mulher se dizendo advogada da Brasp, que se identificou somente como Cláudia, atendeu ao telefonema. Ao ser questionada sobre o suposto pecúlio, a mulher disse que "essa situação" (as cartas enviadas para a liberação do dinheiro) não existe. A reportagem insistiu e Cláudia afirmou que somente uma pessoa chamada Francisco Dias poderia passar informações sobre o caso. Ela pediu para que a ligação fosse feita na manhã do dia seguinte. Nas novas tentativas, no entanto, ninguém mais foi encontrado nos telefones das empresas.

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