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Armas
Mandados de prisão contra CACs são cumpridos em todo o país um dia após fim do prazo para recadastramento de armas.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal cumpre, desde as primeiras horas da manhã desta quinta (4), dezenas de mandados de prisão preventiva, temporária e definitiva em todo o país contra colecionadores, atiradores e caçadores (CACs) que tenham restrições legais de porte ou posse de armas de fogo.

A operação titulada de “Day after” ocorre um dia depois do fim do prazo para o recadastramento dos armamentos no Sistema Nacional de Armas (Sinarm), da PF. O registro foi determinado em fevereiro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para os objetos adquiridos a partir de maio de 2019.

Segundo a PF, os mandados são cumpridos “em virtude de cometimento de diversos crimes; além outras prisões por dívidas de caráter alimentar para os quais a Justiça determinou a prisão dos inadimplentes”. A quantidade exata de pessoas citadas e estados não foi informada.

“Uma vez que a existência de mandado de prisão quebra o requisito da idoneidade para obtenção do porte de arma de fogo, estão sendo adotadas medidas de apreensão cautelar de armamentos e documentos encontrados, para posterior processo de cassação de porte ou registro de arma de fogo, por parte da PF, além de comunicação ao Exército Brasileiro, para cassação das autorizações concedidas aos CACs”, completa o comunicado da PF sobre a operação.

Armas recadastradas somam mais do que as informadas ao Exército

Desde o início do prazo para o recadastramento dos armamentos no sistema da Polícia Federal, foram efetuados 939.154 registros de acordo com dados do Ministério da Justiça divulgados nesta quinta (4). Destes, 894.890 são de armas de uso permitido 44.264 de uso restrito.

A quantidade de armas recadastradas no sistema da Polícia Federal é maior do que estava registrado no Exército, de 933.233. Há, no entanto, 6.168 armamentos de uso restrito ainda pendentes de recadastramento. “Serão adotadas as providências legais”, disse Flávio Dino, ministro da Justiça.

Ele disse, ainda, que a operação contra os CACs será permanente a aqueles que “não preenchem requisitos legais de idoneidade para ter armas de fogo. Estas também estão sendo apreendidas. Será uma linha permanente de trabalho da PF”.

A expectativa é de que um balanço seja divulgado ao longo do dia.

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