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Prevenção

Agente federal orienta como proteger o filho na internet

A agente Miriam Regina Longo diz que a orientação da Polícia Federal aos pais é que estejam sempre atentos e supervisionem as atividades on-line dos filhos. "Nós sabemos que não adianta proibir, porque a tecnologia está presente na vida das crianças e elas vão ter o acesso. O ideal é estar sempre vigilante, colocar o computador numa área comum, não deixar a criança navegar sozinha", indica.

Ela aconselha que os pais busquem conhecimento para orientar os filhos quanto aos riscos das salas de bate-papo. Um deles é aceitar desconhecidos em redes sociais. "Os amigos virtuais têm de ser gente efetivamente conhecida", afirma Miriam. De acordo ela, um modus operandi comum entre os abusadores é se passar por outras crianças e adolescentes e fazer com que as vítimas se exibam na webcam. A agente faz o alerta: "Uma vez que as imagens chegam nas mãos dessas pessoas, elas não saem mais da internet. A criança exposta vai crescer e continuar a ser vitimizada".

Denuncie

Ao se deparar com material relacionado a pornografia infantil na internet, denuncie pelo endereço www.denunciar.org.br.

Basta copiar e colar o link da página com conteúdo ofensivo. A denúncia é feita de forma anônima.

A Polícia Federal (PF) em Curitiba prendeu em flagrante um suspeito de compartilhar pornografia infantil na internet, na manhã de ontem, em Clevelândia, Centro-Sul do estado, a 390 quilômetros da capital. Segundo a PF, o suspeito tem 54 anos e trabalhava como pedreiro. Em passagens por Curitiba, ele fez uso de conexões de internet de vários locais para divulgar material pornográfico com crianças e adolescentes, conteúdo que circulou no Brasil e no exterior. Na casa dele, foram encontrados um notebook, um pendrive e um celular com fotos e vídeos. O suspeito ainda se utilizava de dezenas de contas de e-mail para criar perfis falsos em redes sociais, onde conversava com crianças e tentava aliciá-las.

A ação fez parte da operação Proteja Brasil, deflagrada ontem pela PF em 14 estados. Mais quatro suspeitos foram presos em flagrante: um em Goiás, um em Minas Gerais e dois no Rio Grande do Sul.

Organizações não governamentais (ONGs) colaboraram com a investigação da PF, que vem sendo feita há seis meses e resultou em 40 mandados de busca e apreensão. A principal ONG envolvida é a SaferNet, responsável pela central nacional de denúncias de crimes e violações a direitos humanos na internet. A instituição alimenta uma base de dados a que a PF tem acesso em tempo real. Thiago Tavares, presidente da ONG, comenta que a operação foi deflagrada em um momento carregado de simbolismo, a três semanas da Copa do Mundo e na semana do Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infantil, 18 de maio. "Essa operação é uma advertência aos brasileiros e estrangeiros que pretendam se envolver nesse tipo de crime, um sinal de que o combate está acontecendo", alerta Tavares.

A agente da PF em Curitiba Miriam Regina Longo informa que há atualmente 450 suspeitos de difusão de material pornográfico infantil sob investigação no Paraná. A superintendência da PF no estado tem um núcleo especializado de repressão a crimes cibernéticos, ligado à Delegacia de Defesa Institucional (Delinst). "As pessoas têm a sensação de que pela internet podem ficar anônimas, fazendo uso de programas para não serem detectadas. Tentamos nos especializar para estar sempre um passo à frente", diz a agente. Segundo ela, o monitoramento da PF já detectou que há estrangeiros interessados em vir para a Copa do Mundo com o propósito de fazer turismo sexual com crianças e adolescentes.

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