A Polícia Federal (PF) prendeu nesta quinta-feira (20) uma quadrilha que comercializava peixes ornamentais ilegalmente. Iniciada no Pará, a Operação Odoiá (saudação a Iemanjá) envolveu também agentes do Amazonas, São Paulo e Rio de Janeiro, onde foram cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão. Ao todo, sete pessoas foram presas e mais de 4 mil peixes apreendidos. O grupo comercializava peixes que não podiam ser capturados, não tinha autorização do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e transportava os animais inadequadamente.
De acordo com a delegada da PF de Altamira (PA), Daniela Soares de Araújo, que comandou a operação, a investigação começou há quatro meses, após denúncia anônima. A PF começou apurando a comercialização do Acari Zebra, um peixe de 7 centímetros que pode custar até US$ 1,5 mil no mercado internacional. No entanto, durante a investigação, descobriu que outras espécies também eram comercializadas ilegalmente pela quadrilha.
A quadrilha captava os peixes junto às comunidades pesqueiras dos municípios paraenses de Itaituba e Altamira. De Altamira, os peixes eram levados para Santarém e de lá para Manaus ou São Paulo, de onde eram contrabandeados pelos aeroportos para diferentes lugares do mundo. "Eles iam para a Ásia, a Europa e a América do Norte", disse a delegada.
Em São Paulo, a PF apreendeu cerca de 2.200 peixes, dentre os quais banjos, coridoras, piabas, rosáceos, neons e rodostomus, espécies que chegam a custar US$ 350 a unidade. Segundo o Agente Ambiental do Ibama, Daniel Carvalho, que participou da operação, são peixes pequenos de comportamento de cardume. Seus proprietários não tinham a comprovação da origem. "Foram apreendidos ou na casa de pessoas ou em lojas informais, sem cadastro do Ibama", disse o agente, informando que os animais foram encaminhados para o Aquário de São Paulo, no Ipiranga.
Segundo a delegada, agora a PF vai expandir as investigações para o Rio de Janeiro, onde acredita estar mais um braço da quadrilha. Ela disse ainda que pelo menos quatro aquários do País serão interditados nos próximos dias por participarem do esquema. Os presos responderão por crime ambiental, formação de quadrilha e contrabando, crimes cujas penas podem chegar a 10 anos de reclusão.
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