A Promotoria de Investigação Criminal (PIC) de Londrina, no Norte do Paraná, denunciou nove pessoas acusadas de participar de um esquema de exploração de máquinas caça-níqueis e do jogo do bicho na cidade, que envolvia corrupção de policiais. Ela foi protocolada no dia 29 de agosto e recebida na segunda-feira (3) pelo juiz designado da 2ª Vara Criminal de Londrina, Délcio Miranda da Rocha. De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério Público do Paraná (MP-PR), o juiz marcou interrogatório dos acusados para o dia 17 de setembro.
Foram denunciados por formação de quadrilha, corrupção ativa, falsidade ideológica, supressão de documento e falso testemunho o empresário Mauro Roberto Onofre Coelho (que está com prisão preventiva decretada e está foragido), o advogado José Ricardo Pinto (que obteve na segunda-feira, no STF, decisão determinando que fosse removido do Centro de Operações Policiais Especiais (COPE) para prisão domiciliar), o empresário Richard Silveira Leitão (atualmente preso no 2º Distrito Policial de Londrina) e o advogado Garibaldi Menezes Deliberador.
Também foram denunciados, por formação de quadrilha e corrupção ativa, os policiais militares da Reserva Leonardo Militão da Silva e Daniel Aparecido Sanitá. O motorista Alcides Bertier de Almeida Neto (que está com prisão preventiva decretada e está foragido), por sua vez, foi denunciado por formação de quadrilha e falsidade ideológica, enquanto o empresário Vlamir Ferreira Martins e a operadora de telemarketing e vendas Jennifer Kamila Lino, por falsidade ideológica.
Ação
A ação é assinada pelos promotores Cláudio Rubino Zuan Esteves, Jorge Fernando Barreto da Costa e Leonir Batisti. De acordo com a denúncia, desde 2006 os sete primeiros nomes citados entre os denunciados associaram-se em quadrilha, provavelmente com outras pessoas ainda não identificadas, para cometer crimes diversos, especialmente a corrupção de agentes públicos, tendo como objetivo principal a livre exploração de jogos de azar, como as máquinas caça-níqueis e o jogo do bicho.
Segundo o relato do Ministério Público, a quadrilha cooptava agentes públicos, mediante remuneração ilegal, para que informassem os líderes da organização sobre operações policiais que seriam desenvolvidas e evitar uma possível desarticulação dos negócios.



