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Duas testemunhas de acusação ouvidas ontem pela Justiça Federal durante audiência do processo que apura de quem é a responsabilidade pelo maior acidente aéreo da história do país – a queda do Airbus A320 que fazia o voo JJ 3054, da TAM – afirmaram que na véspera do acidente aéreo, que matou 199 pessoas no Aeroporto de Congonhas, a TAM foi alertada por um piloto que a pista não oferecia segurança para pousos em dias de chuva.

Meses antes, a pista do aeroporto havia sido liberada por uma desembargadora da Justiça Federal com base em um documento apresentado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) como se fosse uma norma oficial, quando, na verdade, era só um estudo interno da agência.

O Ministério Público Federal arrolou seis testemunhas, mas uma alegou estar doente e outra não foi localizada. Duas pessoas devem ser ouvidas hoje.

A audiência foi acompanhada pelos três réus. A ex-diretora da Anac, Denise Abreu, o vice-presidente de operações da TAM, Alberto Fajerman, e o diretor de segurança de voo da companhia, Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro estão sendo julgados por atentado contra a segurança do transporte aéreo. Se forem condenados, eles podem ficar até 12 anos presos.

O piloto José Eduardo Batalha Brosco contou que, no dia anterior ao acidente, fez um relatório à diretoria de segurança de voo da TAM, que, segundo o MPF, não tomou providências.

O advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, que defende os executivos da TAM, afirmou que não vê motivo para que a empresa esteja no banco dos réus.

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