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De arma em punho, o sargento André Ferreira (ao fundo) agarra aluno: flagrante na internet levou ao afastamento do PM | Reprodução Youtube
De arma em punho, o sargento André Ferreira (ao fundo) agarra aluno: flagrante na internet levou ao afastamento do PM| Foto: Reprodução Youtube

Invasão

Histórico de conflito

A agressão ao estudante é mais um capítulo na turbulenta relação dos universitários da USP com a Polícia Militar. Em novembro, dezenas de estudantes ocuparam o prédio administrativo da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas em protesto contra a prisão de três alunos que foram flagrados fumando maconha no câmpus. Dias depois, os estudantes invadiram a sede da Reitoria da universidade e exigiram a saída da PM da cidade universitária. O caso teve repercussão negativa para os estudantes, que desrespeitaram uma ordem judicial para encerrar o protesto.

Uma semana depois, a Justiça concedeu mandado de reintegração de posse para a USP e o prédio foi desocupado à força pela PM. Cerca de 70 universitários foram presos na operação.

Dois meses após a invasão da Reitoria da Universidade de São Paulo (USP) em protesto contra a presença da Polícia Militar no câmpus, um estudante da instituição foi agredido e teve uma arma apontada contra ele por um policial. O episódio aconteceu na última sexta-feira, mas ganhou repercussão ontem com a divulgação de dois vídeos no site Youtube. Os dois PMs que participaram da ação no centro de vivência da USP, onde ficava a sede do Diretório Central dos Estudantes, na zona oeste da capital paulista, foram afastados pelo comando da Polícia Militar. Um deles, o sargento André Ferreira, foi o responsável pela agressão e ameaça contra Nicolas Menezes Barreto, aluno de Ciências da Natureza na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP Leste. O outro policial envolvido na ação é o soldado Rafael Ribeiro Fazolin. Segundo o coronel Wellington Venezian, comandante de área responsável pelo patrulhamento na USP, houve despreparo no caso e um "descontrole nervoso" do sargento. A PM abriu uma sindicância, que deve durar cerca de 60 dias, para investigar o caso.

O vídeo na internet mostra o momento em que alunos, guardas universitários e o policial conversam sobre a desocupação. O PM pergunta a Barreto, que está ao fundo, se ele é aluno. Ele responde que sim, mas o policial insiste para que ele mostre a carteirinha da universidade.

O policial, então, vai até o rapaz e o puxa com força, saca a arma e a guarda em seguida. O jovem é sacudido e levado para a frente do prédio, onde recebe tapas e empurrões do sargento. Nas imagens, os estudantes que estão no local acusam o policial de racismo. Um outro PM e um guarda universitário aparecem no vídeo filmando a ação.

No segundo vídeo postado na web, Barreto mostra sua carteirinha de estudante à câmera. O policial, após fazer um telefonema, aparece nas imagens sem a identificação. A assessoria da USP informou que a reitoria não irá se pronunciar sobre o caso.

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