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Seis equipes da Polícia acompanharam reintegração de posse e garantiram a segurança no local

A área ocupada por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) na região de Ponta Grossa, e que foi palco de um confronto entre caseiros e militantes durante o sábado de carnaval (13), começou a ser desocupada na manhã desta terça-feira (23). A Polícia Militar (PM) começou a cumprir a ordem de reintegração de posse da fazenda São Francisco II, em Ponta Grossa (Campos Gerais), por volta das 9 horas. A propriedade, que pertence ao tenente-coronel reformado da PM Valdir Copetti Neves, estava ocupada desde o dia 6 de fevereiro. A desocupação foi pacífica.

Aproximadamente 45 integrantes sem-terra estavam na fazenda na manhã desta terça-feira. Os 13 barracos construídos na área foram desmanchados pelos integrantes do movimento. As famílias ainda estudavam, durante a manhã, para onde iriam depois de saírem do local.

Perto da área, existe o assentamento Emiliano Zapata, do MST. Após a desocupação total da fazenda, a PM irá manter uma equipe vigiando a área durante 24 horas, para evitar novas invasões. O MST, no entanto, avisou anteriormente se tivesse que sair da área iria voltar a invadi-la.

Oconfronto entre militantes do movimento e caseiros de Copetti Neves ocorreu quando a invasão completou uma semana. Esta não é a primeira vez que sem-terra ocupam uma área pertencente ao tenente-coronel. Em 2005, o MST já havia comandado uma ocupação a um sítio de 60 alqueires do tenente-coronel.

Copetti Neves foi condenado em dezembro passado pela Justiça Federal no estado a cumprir pena em regime fechado por 18 anos e 8 meses. A sentença foi da juíza Sílvia Regina Salau Brollo, da 1.ª Vara Federal em Ponta Grossa. Copetti foi acusado pelo Ministério Público de montar uma milícia armada para proteger fazendas em Ponta Grossa e por ser mentor de uma série de ações contra o acampamento de sem-terra no sítio São Francisco II, de sua propriedade. Todos os réus poderão recorrer em liberdade.

Posse

A posse da fazenda São Francisco II é disputada por Copetti Neves e pela Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa), que anteriormente detinha a propriedade da terra e que a teria cedido a uso do Iapar. O direito sobre a área só será definido após a conclusão do georreferenciamento, que está sendo concluído pelo Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

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