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A Polícia Militar informou nesta segunda-feira (11) que, por meio de sua Corregedoria, vai apurar as acusações de agressão que teriam sido cometidas por um policial da corporação contra um jovem no último sábado (9). O fato ocorreu durante a Corrente Cultural de Curitiba, em um dos palcos próximo às ruas XV e Ermelino de Leão, no Centro.

Vídeos divulgados nas redes sociais mostram o garoto, que seria um adolescente, sendo forçado a entrar em um carro da Ronda Tático Motorizada (Rotam), enquanto um grupo de pessoas que assiste à cena grita palavras como "abuso" e "covarde". Não há indício de agressão nos registros, apesar de relatos apontarem que o menino teria levado uma cabeçada de um policial.

De acordo com Renato de Almeida Freitas Jr, assessor jurídico na Defensoria Pública do Paraná e que presenciou a cena, tudo começou quando um policial passou ao lado do grupo onde estava o garoto e esbarrou no menino. Por conta disso, eles teriam começado uma discussão que levou à suposta "ofensiva".

"Ele [policial] ficou discutindo e deu uma cabeçada no nariz do menino, que começou a sangrar. Aí foram socorrer ele, e veio outro PM e buscou esse policial. Aí eles saíram dali, mas a multidão foi atrás deles, questionado por que eles fizeram aquilo. Então eles voltaram, algemaram o garoto e o colocaram na parte de trás da viatura", relatou Júnior.

Ainda segundo o assessor, depois de avisados que o menino era menor de idade, os policiais que realizaram a apreensão retiraram as algemas, mas mesmo assim, mantiveram ele na parte fechada do carro. Segundo Júnior, um amigo do menor apreendido disse que ele tinha entre 14 e 15 anos. O Estatuto da Criança e do Adolescente não permite que uma pessoa com menos de 18 anos, quando apreendida, seja conduzida nos compartimentos fechados dos de veículos policiais.

Além de informar que a Corregedoria vai apurar os fatos, a PM disse também que o rapaz levado na viatura tem 19 anos e que, segundo a equipe que atendeu a ocorrência, ele foi encaminhado por desacato, desobediência e porte de maconha, sem lesões.

Procurado durante a tarde, o Conselho Tutelar de Curitiba disse não conhecer o caso.

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