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Brasília – Sem alarde, os peemedebistas articulam uma segunda alternativa para o Ministério de Minas e Energia caso não seja possível trazer de volta o ex-ministro Silas Rondeau. A opção é o senador Édison Lobão (PMDB-MA), que se filiou na segunda-feira ao PMDB depois de ter construído sua carreira no PFL (atual DEM). Oficialmente, o senador nega que possa ser um dos cotados do partido para assumir a pasta. "Eu desconheço esse assunto."

Reportagem do jornal Folha de S.Paulo de ontem informa que Sarney teria acenado a Lobão com a possibilidade de indicá-lo para o Ministério de Minas e Energia. No entanto, as articulações estão atreladas às negociações com a bancada do PMDB no Senado.

Segundo aliados do governo, é preciso consultar cada um dos senadores do PMDB para ter a certeza de que o nome de Lobão representará o partido todo. Nos bastidores, as negociações foram conduzidas pelo senador José Sarney (PMDB-AP) – que é amigo de Lobão.

Na segunda-feira, o presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), foi à casa de Sarney para conversar com Lobão. O próprio Sarney avisou que sua prioridade é reconduzir Rondeau para o ministério. Mas, para assegurar que o cargo fique com o PMDB, sugeriu o nome do amigo.

Na Câmara, as articulações sobre Minas e Energia são atribuídas às indicações propostas pelo Senado. A expectativa dos peemedebistas que acompanham as negociações é que até o fim desta semana seja definido o nome do partido que irá para a pasta.

Rondeau deixou o Ministério de Minas e Energia em maio, quando foi denunciado de envolvimento com o esquema que fraudava licitações públicas, descoberto pela Operação Navalha – realizada pela Polícia Federal.

O ex-ministro deixou o governo após aparecer como suspeito de receber propina de R$ 100 mil da Gautama – construtora que é apontada como líder da máfia das obras que fraudava licitações.

O Planalto resiste em aceitar a recondução de Rondeau, pois não sabe se o nome dele constará da denúncia que será oferecida pelo Ministério Público Federal. De acordo com aliados do governo, Rondeau pode retornar ao ministério se nada ficar comprovado contra ele.

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