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Brasília – O PFL foi o grande derrotado nas eleições para governador nos 26 estados e no Distrito Federal. O partido, que apoiava o tucano Geraldo Alckmin para presidente, venceu a disputa apenas no Distrito Federal, com José Roberto Arruda. O maior vitorioso foi o PMDB, que elegeu sete governadores. O PSDB venceu a disputa em seis estados e o PT, em cinco. O PSB elegeu três governadores e o PDT, dois.

Os dois candidatos do PFL que disputaram o segundo turno das eleições saíram derrotados. Mendonça Filho ficou atrás de Eduardo Campos (PSB) em Pernambuco e Roseana Sarney perdeu para o Jackson Lago (PDT) no Maranhão. A vitória do pedetista foi de virada em relação ao primeiro turno e impôs a primeira derrota da família Sarney em 40 anos no estado. "Caíram os dois últimos bastiões do coronelismo político no Brasil’’, comemorou Lago, referindo-se à derrota de Roseana e de Paulo Souto, candidato do PFL na Bahia apoiado pelo senador Antônio Carlos Magalhães.

"Os segmentos sociais que lutaram contra a oligarquia e o coronelismo na Bahia e no Maranhão são os mesmos, ou seja, os sindicatos, intelectuais, trabalhadores’’, analisou o governador eleito pedetista. Lago, que foi prefeito de São Luiz, reconheceu o papel em sua vitória do governador José Reinaldo Tavares (PSB), que rompeu com Sarney.

Roseana governou o estado por duas vezes consecutivas, de 1995 a 2002, e chegou a ter 66% nas pesquisas de intenção de voto, no primeiro turno, mas foi perdendo força.

A vitória de Lago também foi uma derrota pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se empenhou na candidatura de Roseana em nome do que chamou de "gratidão’’ à família Sarney.

Rio Grande

No Rio Grande do Sul, o PSDB conquistou a grande vitória do segundo turno, depois de ter garantido o governo das duas maiores economias do país – São Paulo e Minas Gerais. Além disso, a tucana Yeda Crusius tornou-se a primeira mulher eleita governadora do estado. No final da tarde, Yeda adiantou que seu plano de governo terá como meta aumentar a receita para abater as despesas públicas. Disse que, em dois anos, pretende zerar o déficit estadual.

"Nosso propósito é zerar o déficit e, aí sim, dá para a gente conversar, setorialmente, sobre como serão pagos os impostos para que a alíquota seja menor. Assim, aos poucos, será retomado o crescimento’’, afirmou a candidata eleita. Com esse primeiro passo, em termos de finanças, Yeda afirmou que serão possíveis ações nas áreas da segurança, educação e saúde pública.

Paulistana de nascimento e gaúcha por adoção desde 1970, a economista Yeda Rorato Crusius, 62 anos, derrotou o petista Olívio Dutra e obteve o apoio do PMDB do governador Germano Rigotto, que ficou em terceiro lugar na disputa de primeiro turno. Yeda elogiou a evolução do processo democrático brasileiro. "A cada eleição, a gente percebe que a democracia evoluiu. A oportunidade de todos os partidos serem governo, inclusive o PT, eliminou aquela forma de fazer política muito violenta de quem nunca havia sido governo e achava que podia ganhar na paulada e, uma vez sendo governo, viram a dificuldade que é governar’’, afirmou.

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