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A Polícia Civil cumpriu a determinação judicial que impedia a realização de greve. Em todo o estado, o atendimento foi normal, sem nenhuma ocorrência extraordinária. A greve dos policiais civis estava marcada para a manhã de ontem, mas o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) concedeu uma liminar proibindo sua realização. O Sindicato das Classes Policiais Civis do Paraná (Sinclapol) recorreu da decisão, mas o recurso ainda não foi julgado.

Segundo o advogado do Sinclapol, Milton Miró Vernalha Filho o governo do Estado divulgou que deve apresentar uma nova proposta aos policiais na próxima sexta-feira. "Nossa intenção não é fazer greve, e sim que nossos pleitos sejam respondidos. E não é só uma questão de salário, mas de melhores condições de trabalho", afirma Miró. Ainda segundo o advogado, a decisão do TJ-PR foi inconstitucional e não houve, sequer, a intimação da diretoria do Sinclapol.

Já o presidente do Sindicato dos Investigadores do Paraná (Sipol), Roberto Ramires, também destaca o problema da segurança pública como motivo de insatisfação para as classes policiais. "O governador chegou ao comando do estado com falta de noção da gravidade do problema da segurança pública. Acredito que este seja hoje o principal problema do Paraná", afirma. De acordo com ele, o aumento da remuneração dos policiais não é a única questão em pauta em toda esta mobilização.

Polícia Militar

Já a Polícia Militar ainda mantém o discurso de evitar a greve de todas as maneiras possíveis. Entretanto, a insatisfação entre a categoria é grande. A proposta apresentada na última sexta-feira não atingiu a todos os policiais, e chegou até mesmo a reduzir o ganho médio de algumas classes, como os subtenentes, que perderiam 12,5% dos seus vencimentos, e tenentes-coronéis, que perderiam 9,8%. Para o presidente da Associação de Defesa dos Policiais Militares (Amai), coronel Eliseu Furquim, trata-se da estratégia do "bode na sala", quando se apresenta uma proposta que é tão ruim que faz a situação original parecer boa. Por conta disso, Furquim diz que "não está sendo fácil" conter os movimentos favoráveis a uma paralisação.

"Mantivemos a posição que estávamos antes, não queremos prejudicar o carnaval ou o Atletiba. Mas destaco que estamos fazendo isso com muito esforço, pois o governo não tem trazido propostas saudáveis à mesa", afirma. Furquim diz esperar bom senso do governo na próxima proposta, que será apresentada na sexta-feira.

Os peritos da Polícia Científica também devem seguir trabalhando até sexta-feira. "Abrimos um canal de negociação com o governo e o trabalho segue normalmente", afirma o presidente do sindicato dos Peritos Oficiais e Auxiliares do Paraná (Sinpoapar), Ciro José Cardoso Pimenta. O governo deve apresentar propostas à categoria até o início da próxima semana.

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