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Polícia pode conceder delação premiada a pai de Eloá

A Polícia Civil de Alagoas estuda conceder o benefício da delação premiada a Everaldo Pereira dos Santos, pai da jovem Eloá Pimentel, morta após ser mantida refém por mais de 100 horas pelo ex-namorado Lindemberg Alves em seu apartamento em Santo André, no ABC paulista. Caso seja concedido, Santos pode ter a pena reduzida e sua família poderá entrar no programa alagoano de proteção à testemunha. A concessão, contudo, depende de pedido do Ministério Público à Justiça. Santos continua foragido.

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O delegado Sergio Luditza, titular do 6º Distrito Policial de Santo André (ABC), concluiu nesta sexta-feira (24) o inquérito do caso de cárcere privado das adolescentes Eloá Pimentel e Nayara Silva, de 15 anos, por Lindemberg Alves, de 22 anos. Às 18h30, o delegado chegou ao Fórum Municipal de Santo André para entregar o documento ao promotor Antônio Nobre Folgado.

A principal surpresa do inquérito é o indiciamento de Everaldo Pereira dos Santos, pai de Eloá, por falsidade ideológica, uso de documentos falsos e porte ilegal de arma.

Everaldo mantinha em casa uma espingarda calibre 22, que foi também utilizada por Lindemberg durante as 100 horas de cárcere privado a que ele submeteu as adolescentes. Everaldo se apresentava em São Paulo como Aldo Pimentel e é procurado pela polícia alagoana por assassinato e por fazer parte de um grupo de extermínio no estado chamado de "gangue fardada".

Lindemberg Alves, por sua vez, responderá por homicídio doloso - com inteção de matar - duplamente qualificado, duas tentativas de homicídio, perigo de vida e cárcere privado.

Ao todo, foram ouvidas 26 pessoas no inquérito, que tem 185 páginas. Por enquanto, o documento não estabelece uma data para a reconstituição do desfecho do caso, que ocorreu na sexta-feira (17) e terminou com Eloá e Nayara baleadas.

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