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Policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) desmontaram uma “fábrica”de dinheiro falso na manhã desta terça-feira (2), em São José dos Pinhais. Dentro da casa, foram encontradas cerca de 300 notas em produção e quase 70 já prontas para a distribuição.

Um carro na garagem de uma casa humilde na Rua Lourdes Rosalva Callegarim, na Borda do Campo, atiçou a curiosidade dos policiais. O capitão Sergio contou que os oficiais patrulhavam as ruas próximas em busca de um veículo que teria sido utilizado para fuga em um assalto no bairro. “Quando passamos pela rua principal, vimos o Mini Cooper na garagem e os policiais estranharam. Nos aproximamos e a casa estava com as portas abertas”, contou.

Dentro da casa os policiais viram que muitas notas de R$ 50 e R$ 100 estavam impressas em papeis finos e descobriram todo o esquema. Um rapaz de 28 anos que estava imprimindo e fazendo a montagem do dinheiro confessou o crime e não reagiu à presença dos policiais. Não havia nada de irregular em relação ao carro.

Esquema

O responsável pela fabriqueta contou como fazia toda a preparação do dinheiro, que impressionou pela semelhança com a nota original. De acordo com o rapaz, utilizando um papel fino semelhante ao papel seda, ele imprimia as notas em duas partes para depois uni-las. Para tornar o papel ainda mais semelhante com o original, ele colava uma fita de segurança.

O homem já foi preso por falsificação de moeda. Ele contou que passou sete meses preso e que, há 20 dias, voltou a produzir o dinheiro. Segundo a polícia, o rapaz morava no bairro Vila Izabel, em Curitiba, e seguia todos os dias para a fabriqueta em São José dos Pinhais.

Distribuição

Depois de produzido, o dinheiro era imediatamente distribuído. O rapaz contou que para cada cinco notas falsas, ele exigia uma verdadeira como pagamento. Assim, quem comprasse cinco notas de R$ 100, por exemplo, deveria pagar R$ 100 ao falsificador. O esquema era o mesmo com todas as notas.

A distribuição do dinheiro falso não ficava apenas em Curitiba, de acordo com o capitão Sergio. “Ele contou que enviava as notas pelo correio para diferentes estados do Brasil. Temos informação de que o dinheiro foi mandado para Goiânia”, contou.

Ao todo, além de várias impressoras e um notebook, foram 22 notas prontas de R$ 50 e outras 45 notas prontas de R$ 100. Também havia três cédulas com frente e verso, que já estavam cortadas, mas ainda não tinham sido coladas.

Na fabriqueta também foram encontradas 71 folhas de papel A4, com a impressão um dos lados das notas, e outras duas folhas com o outro lado, material que ainda seria cortado e colado. O preso e o material apreendido foram encaminhados à Polícia Federal, no Santa Cândida, em Curitiba.

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